Quando
Rabi Jacob Isaac, um dos fundadores do movimento Hasídico na Polônia morreu em
1815, seu filho negociou com um dono de hotel um relógio que ele havia herdado
de seu pai. Algum tempo mais tarde Issachar Baer, Rabi de Radoshitz e discípulo
de Rabi Isaac, hospedou-se no hotel. O dono do hotel lhe deu o mesmo quarto onde
o relógio estava pendurado: Durante toda noite o Rabi de Radoshitz não dormiu,
mas ia de lá para cá no quarto, rejubilante com passos de dança. Pela manhã
o dono de hotel lhe perguntou por que ele não dormiu durante toda a
noite…[Rabi Baer disse], "Quando eu ouvi as badaladas do relógio eu
instanteneamente reconheci de que este era o relógio de nosso Santo Mestre de
Lublin [Rabi Isaac]. Pois de cada relógio se ouve uma nota que diz a seu dono
de que ele está uma hora mais próxima da sua morte. E embora precise ele deste
conhecimento, ainda assim a nota é de tristeza e pesar. Mas o relógio do Rabi
de Lublin emite notas de glória e júbilo de que uma hora mais se passou até a
vinda de nosso verdadeiro Messias. Isto é porque não dormi, pois devido a
alegria e júbilo dancei todo este tempo. [i]
Um dos princípios básicos do Judaísmo
é sua crença no Messias.[ii] É bem conhecido
de que os Judeus por muito tempo esperavam e nutriam esperanças pela vinda do
verdadeiro Messias. Muitos Judeus ortodoxos ainda esperam sua vinda. Eu creio
com absoluta fé, conforme declara um dos treze Artigos de Fé, na vinda de um
Messias, e mesmo que ele possa demorar, não obstante esperarei pela sua vinda
todos os dias.[iii] O que é menos compreendido
é o que os Judeus têm em mente quando falam de um Messias.
O
atual Velho Testamento usa a palavra Mashiyach de várias maneiras diferentes.
Mashiyach significa "o ungido"[iv] O
equivalente Português, Messias, deriva do verbo mesh|h que significa
"ungir"[v]. Objetos consagrados a Deus
na antiga Israel eram ungidos com o óleo de oliva sendo derramados sobre eles.
(Ex. 30:26-30; 40:9-11.) Indivíduos consagrados ao serviço de Deus também
eram ungidos com óleo. Neste contexto Messias refere-se a pelo menos três
impotantes ofícios na antiga Israel:
1.
O sumo sacerdote, o ungido de Deus (Lev. 4:3, 5, 16).
2.
O rei, o ungido do Senhor (1 Sam. 2:10, 35; 9:16; 16:3; 24:6; 2 Sam.
12:7; 1 Kgs. 1:34). O título incluía não apenas reis de Israel e de Judá,
mas também Ciro, da Pérsia (Isa. 45:1).
3.
O profeta do Senhor. Elias, por exemplo, ungiu Eliseu em seu próprio
lugar (1 Kgs. 19:16).[vi]
A pessoa então ungida torna-se sacrossanta; feri-lo ou até mesmo amaldiçoá-lo era uma ofensa capital. (2 Sam. 19:22). Até mesmo o ungido Davi, a quem o Rei Saul desejava matar, recusu em duas ocasiões matar o ungido-mas-agora-rejeitado Saul. Encontrando Saul dormindo em uma caverna, Davi disse aos seus homens, "O Senhor proíbe que possa eu fazer tal coisa ao meu mestre, o ungido do Senhor, estender minha mão contra ele, sendo que ele é o ungido do Senhor" (1 Sam. 24:6). Em uma outra ocasião, Davi e Absalão encontraram Saul dormindo dentro de um acampamento, neste ponto Absalão disse a Davi, "Deus entregou teu inimigo em tuas mãos neste dia: agora portanto deixa-me matá-lo….e Davi disse a Absalão, "Não o destrua: pois quem pode extender sua mão contra o ungido do Senhor e ser sem culpa?" (1 Sam. 26:8-9).
Embora a natureza e propósito
destes servos ungidos sejam claras, confusão sobre a missão e identidade de um
Messias Salvador existiu durante os seis séculos precedentes ao nascimento de
Jesus. Esta confusão ocorreu parcialmente devido à convergência de muitas
tradições de idéias e crenças variadas sobre outros servos especialmente
ungidos. Os judeus não tinham uma idéia singular e clara sobre o
relacionamento entre as várias figuras ungidas que eram esperadas aparecer
antes do "dia do Senhor". Em muitas épocas os Judeus esperaram até
três messias especiais[O Messias filho de José (Efraim), o Messias filho de
Levi (Aarão), e o Messias filho de Israel (David)] todas figuras especiais que
se acreditavam iriam desempenhar importantes papéis no estabelecimento do reino
de Deus na terra.[vii] O relacionamento destas
figuras ungidas com Deus não era em si mesmo "essencialmente diferente
daquele das outras pessoas, chamadas e apontadas por Deus no passado, mas as
circunstâncias em que apareceriam eram radicalemente diferentes."[viii]
Durante
o século precedente ao nascimento de Jesus, os Essênios de Qumran perto do Mar
Morto acreditavam em pelo menos dois messias em especial: Messias filho de
Israel (Judá) e o Messias filho de Aarão.[ix]
O Regulamento de Damasco, um texto da comunidade de Quran, contém a crença de
que a liderança final do reino de Deus repousaria nas mãos de um Messias filho
de Aarão e um Messias filho de Israel. "O Rei-Messias", segundo Geza
Vermes, "Seria o Príncipe da Congregação, e o Ungido Sacerdotal, o
Messias de Aarão e Israel, seria o Intérprete da Lei". Vermes argumenta
mais adiante que "o Príncipe Davidiano" lideraria o povo ao triunfo,
para derrotar os Gentios e trazer à vida o Reino de Deus. Em matéria de
doutrina ele obedeceria aos Sacerdotes; o primeiro Comentário sobre Isaías
declara expressamente que "assim como eles o ensinam, assim julgará ele no
Banquete [Messiânico], também seguiria ele o Sacerdote. O Messias de Aarão,
por outro lado, é representado como o Sumo Sacerdote do Reino. Ele conduziria a
liturgia durante a batalha contra o último inimigo, e como o Intérprete final
da Lei ele revelaria o significado das escrituras e sua relevância com os
eventos da era Messiânica e para o tempo infinito da eterna felicidade."[x]
O descendente messiânico de Aarão é claramente considerado superior ao messias de Israel. A expectativa messiânica é ainda mais complicada nestas fontes porque os Essênios esperavam também um terceiro messias profético. De alguma forma ainda disputada entre eruditos são o papel e a identidade desta figura profética.[xi] Fontes do período entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento sugerem que “durane o século anterior ao nascimento de Cristo a esperança [messiânica] foi prontamente revitalizada.”[xii] F.F. Bruce, um destacado erudito do Novo Testamento, argumenta que nenhuma “forma de expectativa messiânica era a preferencial pelos contemporâneos de Jesus, mas a esperança em um Messias Militar predominava.”[xiii]
A
missão e papel de um Messias Salvador estavam ocultos de muitos Judeus nas
palavras de seus escritos sagrados. O cânon Judaico, o que hoje conhecemos como
o Tenach (as escrituras Hebraicas, ou
Velho Testamento), eram não só incompletas como também não claras em
apresentar e anunciar um Messias Salvador. O Novo Testamento refletem a confusão
e diversas crenças sobre o Salvador Messias e outros figuras “ungidas”
durante este período. Por exemplo, passagens no Evangelho de João mostra que
os Judeus, pouco tempo antes da duração do ministério de Jesus, entretinham
uma expectativa de pelo menos dois Messias distintos: “Quando os Judeus
enviaram sacerdotes e Levitas de Jerusalém para perguntar [a João Batista],
Quem és tu? E ele confessou, e não negou; mas confessou: Eu não sou o Cristo
[Messias Salvador]. E eles lhe pergntaram, o que és então? És tu Elias [Elijah]?
E ele disse, eu não sou. És tu aquele profeta [Messias ben Efraim]? E ele
respondeu, Não” (João 1:19-21.)
No
Novo Testamento a palavra grega Christos
é usada para traduzir a palavra Hebraica Mashiyach, ambos significando
“Ungindo”, exceto que a palavra Grega possa não ter carregado a forte
conotação política que a palavra Hebraica carregava.[xiv]
O forma Aramaica Grecificada Messias
é encontrada umas poucas vezes no texto (João 1:41; 4:25). A Septuaginta, o
Velho Testamento Grego, usa Christos quarenta
vezes para traduzir o Hebraico Mashiyach.[xv]
Apenas após a paixão, morte e ressurreição de Jesus que os discípulos começaram
a compreender o significado pleno das passagens do Velho Testamento sobre a
natureza e propósito do chamado de um Messias Salvador. (Marcos 16:14; Lucas
24:44-47; Atos 1:11).
O
Novo Testamento revela o Messias Salvador do Velho Testamento aos Judeus de uma
maneira mais clara do que os antigos registros.[xvi]
Uma dos mais difíceis e incompreendidos ensinamentos acerca do Salvador era seu
relacionamento com Deus, sua filiação divina. Muitos Judeus anteviam um
Messias Davidiano, mas para eles sua relação como o Pai estava oculta. Na
antiga Israel a idéia de ser filho de Deus tinha diversos significados e conotações.
Era usado metaforicamente de várias maneiras, algumas vezes representando
qualquer dos filhos de Israel, ou um Israelita carismático e santo, ou o rei de
Israel. Um Messias real e nobre era também concebido como um filho de Deus. Em
um sentido diferente, seres angélicos ou celestiais eram conhecidos como filhos
de Deus.[xvii] Esta linguagem era compreendida
como metafórica.
Surpreendentemente,
apenas três passagens no atual texto do Velho Testamento aludem para o Messias
Salvador como sendo o filho de Deus. Nenhuma destas referências existem em
qualquer exegese escritural tal como o Targum, Mishnah ou o Talmude, as quais
começaram a emergir após o texto bíblico ser terminado.[xviii]
A primeira alusão bíblica é encontrada em Salmos: “Declararei o decreto:
disse o Senhor a mim, Tu és meu Filho; neste dia eu te gerei” (Salmos 2:7) A
segunda e terceira passagem são encontradas em Isaías: “Portanto o próprio
Senhor lhe dará um sinal; eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho,
e seu nome será Emanuel” (Isaías 7:14) e “Pois para nós uma criança nos
nasceu, um filho se nos deu: e o principado estará sobre seus ombros; e seu
nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, o eterno Pai, o Príncipe da
Paz” (Isaías 9:6)
A
problemática natureza destas passagens é evidente nas várias maneiras em que
foi transmitida, traduzida, interpretada e compreendida. A passagem de Salmos
2:7 é freqüentemente vista em contexto de uma promessa a Davi que após a
morte de Davi, Salomão sentaria em seu trono: “Ser-lhe-ei por pai” diz o
Senhor, “e ele ser-me-á por filho. Se cometer iniqüidade, eu o repreenderei
com a minha vara,… mas minha misericórdia não se apartará para longe
dele.” (2 Samuel 7:14-15). Um comentário judaico contemporâneo baseado no
Targum, Talmude e Midrash e outros clássicos comentários Judaicos explicam a
frase “Hoje eu te gerei” como devendo ser compreendida apenas em um sentido
figurativo. “No dia de sua entronização” A. Cohen argumenta, “o rei foi
concebido de Deus como Seu servo para guiar o destino de Seu povo.”[xix]
Alguns
eruditos acreditam que o tão-chamado Salmo real era recitado por ocasião da
cerimônia de entronização. Este versículo era recitado pelo rei quando ele
era investido com os poderes reais. Ungido como rei, ele tornava-se gerado por
Deus. “Isto nada tem a ver com descendência divina, entretanto, ou como
realeza divina tal qual no Egito” H. Neil Richardson argumenta. “O que
encontramos na Bíblia Hebraica é uma linguagem de adoção, qualificando o rei
para o patrimônio que Iavé deseja colocar sobre seus ombros"[xx]
A conclusão é de que na antiga Israel e Judá, via-se os reis como tendo uma
relação especial de pai para filho com Deus.
A passagem de Isaías 7:14 tem dificuldades
lingüísticas que focam na palavra Portuguesa virgem. Uma tradução moderna Judaica lê esta passagem,
“Certamente, meu Senhor lhe concederá um sinal de Seu próprio acordo! Vede,
a jovem está grávida e pronta para dar à luz um filho. Seja seu nome
Emanuel.” [xxi] A escolha da palavra
“jovem” ao invés de “virgem” está baseada no mais antigo texto hebreu
conhecido, algumas vezes descrito como “Proto-Masorético.” [xxii]
A Versão do Rei Tiago está baseada no texto Masorético, ou na leitura
tradicional, embora a este ponto os tradutores desviassem do texto Hebreu e
refletissem o uso da palavra Grega do Velho Testamento parthenos, que significava “virgem.”[xxiii]
O uso por Mateus desta passagem foi provavelmente baseado na Septuaginta, a versão
primária da Bíblia Cristã durante o primeiro século (Mateus 1:23).[xxiv]
O Hebreu almah significa “uma jovem adolescente,” alguém em idade de
casamento, enquanto o hebraico bethulah signifique
“virgem.”[xxv] Uma tradução em Aramaico,
a língua de Jesus, usa a frase “uma jovem.”[xxvi]
A passagem de Isaías 9:6-7 é colocada em uma recente versão judaica de
alguma forma diferente. “Pois para nós uma criança nos nasceu, . . . E seu
nome será Pele-joez-el-gibbor-Abi-ad-sar-shalom.”[xxvii]
I.W. Slotki traduz este nome como “Maravilhoso em conselho é Deus o Todo
Poderoso, o Pai Eterno, o Legislador da Paz” e acrescenta, “a criança
portará este nomes significantes a fim de chamar de volta o povo à mensagem
com a qual estão incorporados.”[xxviii]
Não há nenhuma evidência bíblica ou extra-bíblica de que estes versículos
fossem compreendidos pelos Judeus de alguma forma outra do que uma adoção,
antes da interpretação providenciada pelo Novo Testamento. [xxix]
Caifás, o sumo sacerdote, especificamente questionou Jesus durante seu
julgamento sobre Sua alegação de ser o Messias Salvador. A afirmação que
Jesus deu a Caifás e a outros líderes judaicos era o pretexto necessário para
trazer uma acusação de traição diante de Pilatos, pois em um sentido Jesus
alegou ser o Rei dos Judeus, o que entendiam restritamente como um legislador
político. Tal alegação era então tratada pela lei e poder Romano, exatamente
como os líderes Judeus esperavam que fosse tratada (Marcos 14:61-62).
Mas
não apenas Jesus deu evidência para ser preso sob a lei Romana, também ele
deu aos Judeus evidências para que o aprisionassem por blasfêmia, um crime
capital sob a lei de Moisés, uma vez que a alegação de ser um Messias não
era (Mateus 26:64; Marcos 16:62; Lucas 22:69). Joel Marcus argumenta que deveria
existir alguma coisa diferente sobre a alegação de Jesus além de simplesmente
se autodenominar como sendo o Messias: “Por que a alegação de Jesus alegando
ser o ‘Messias, Filho de Deus’ seria considerada blasfêmica se ‘Filho de
Deus’ fosse meramente um sinônimo para ‘Messias’? O que seria blasfêmico
sobre alegar em ser o Messias? Pode-se procurar em vão na literatura Judaica
por evidência de que uma simples alegação em ser o Messias incorreria em tal
acusação.”[xxx]
A evidência que Jesus deu aos seus
interrogadores, portanto, era sua alegação de sentar à mão direita de Deus.
Esta alegação implicava filiação divina e igualdade com Deus. F. F. Bruce
escreve: “Aquele que alegasse ser o Messias poderia portanto, como um corolário,
falar de sentar-se à mão direita de Deus; mas para assim falar tão
explicitamente [como Jesus o fez] seria visto como indo até o último limite da
ousadia, e a mesma atitude seria tomada por aquele que, clamasse em ser o
Messias, aceitasse o corolário de uma vez que o Messias é tratado por Deus
como seu Filho em Salmos 2:7, ele próprio seria portanto o Filho de Deus.” [xxxi]
A
alegação de Jesus de que seria o filho literal de Deus era mais controversa
para os Judeus do que sua alegação de ser o Messias Davidiano. Marcus acredita
que sua declaração fosse “compreendida em um sentido bem realístico, quase
biológico” pelos os escritores do Novo Testamento.[xxxii]
Mas esta compreensão biológica da origem de Jesus estava além da compreensão
dos líderes Judaicos; a alegação, portanto, era simplesmente blasfêmia para
eles. Que o Messias “oculto” fosse o Filho de Deus, o Santíssimo de Israel,
era uma crença que não podiam aceitar, pois não fazia parte da tradição que
havia sido transmitida por eles. Existem várias outras razões do porquê o
Messias Salvador estivesse oculto em Israel. Para muitos, apenas quando a
palavra profética estivesse cumprida poderiam compreender as escrituras. Néfi
disse, “...nos dias em que se cumprirem as profecias de Isaías, quando elas
se realizarem, os homens certamente saberão” (2 Néfi 25:7). Neste caso, as
passagens messiânicas de Salmos 2 e Isaías poderiam geralmente ser
compreendidas após seu cumprimento em Jesus de Nazaré.
Um
problema relacionado é a característica dúbia da linguagem profética. O
Jesus ressurreto disse que as palavras de Isaías “tinham sido e seriam”
cumpridas (3 Néfi 23:3). A passagem de Isaías 7:14 pode, portanto, ter sido
cumprida pela esposa de Isaías, a esposa de Acaz, ou por alguma outra mulher da
família real durante a própria época de Isaías, e então cumprida em uma
segunda vez setecentos anos mais tarde na vida de Maria, mãe de Jesus. [xxxiii]
Um
segundo problema contribui para a dificuldade da preservação de uma visão
messiânica consistente e coerente: a tendência de Israel olhar para além do
marco. Jacó disse que Israel “desprezava as palavras simples…e procuraram
por coisas que não podiam compreender. Portanto, por causa de sua cegueira,
cuja cegueira veio por procurarem olhar para além do marco, eles deveriam
necessariamente tropeçar…[significando] que eles não podem compreender [as
profecias]” (Jacó 4:14). Um exemplo foi o sacrifício de um Cordeiro
requerido pela lei de Moisés (Ex. 12:5, 21; 29:39; Lev. 14:10). Pois para
muitos judeus o sacrifício de um cordeiro era um símbolo, não daquilo que
deus faria através de seu Filho ungido pela humanidade, mas do que o homem
estava agora fazendo através de um sacrifício animal para restaurar seu
relacionamento com Deus. Ao olharem para além do marco, eles acreditavam que o
animal menor pudesse ser sacrificado pelo homem sem perceberem que o sacrifício
fosse simbólico de um sacrifício maior em que o maior (que é Deus) devesse
expiar pelo menor (que é o homem pecador).[xxxiv]
O significado do sacrifício foi perdido na má compreensão dos símbolos que o
cercavam.[xxxv]
O texto escriturístico contribui para a confusão sobre o Salvador
Messias. A transmissão e tradução dos textos bíblicos são uns dos grandes
milagres da história, não obstante há problemas em compreender o significado
do texto. “Como pois dizeis:” Jeremias pergunta, “Nós somos sábios, e a
lei do Senhor está conosco? Mas eis que a falsa pena dos escribas a converteu
em mentira” (Jeremias 8:8). Note uma tradução alternativa desta passagem:
“Como podereis dizer, ‘Somo sábios, uma vez que temos a Lei de Iavé’?
Vede como ela tem sido falsificada pela pena mentirosa dos escribas!”[xxxvi]
Embora esta leitura seja disputada, Jeremias pode estar dando uma dica da corrupção
do texto já pela sua época.[xxxvii]
Seiscentos anos mais tarde, Jesus disse, “Ai de vós, doutores da lei! porque
tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes aos que
entravam.” (Lucas 11:52). A versão de Joseph Smith amplifica o significado de
“chave da ciência” ao descrevê-la como nada menos do que “a plenitude
das escrituras.”[xxxviii]
Jeremias e Jesus implicam que desde muito
cedo estiveram presentes problemas com o texto, ou pelo menos com a interpretação
própria do texto. Os problemas textuais parecem adequar-se sob várias
categorias, incluindo transmissão de problemas, tradução de problemas (do
Hebreu para o Grego, por exemplo), e mais importantes, problemas nas composições
originais.[xxxix]
Enquanto o Novo
Testamento começa a revelar o “Messias Oculto”, o Livro de Mórmon
permanece não apenas como uma segunda testemunha de Cristo, mas também como um
revelador do Messias “oculto” em uma forma muito mais profunda do que a
maneira com que foi apenas pincelada pelos escritores do Novo Testamento. As
dificuldades de muitas passagens do Velho Testamento são tornadas bem
“simples” pelo registro Nefita. Um propósito do Livro de Mórmon é
“provar para o mundo que as santas escrituras são verdadeiras” (D&C
20:11). Ou, como disse Néfi, o surgimento do Livro de Mórmon pelo “poder do
Cordeiro, a partir dos Gentios [é] convencer… os gentios e o remanescente da
semente de meus irmãos, e também os Judeus… que o registro dos profetas [o
Velho Testamento] e dos doze apóstolos do Cordeiro [Novo Testamento] são
verdadeiros” (I Néfi 13:39).
Não
apenas o Livro de Mórmon confirma a doutrina do Messias Salvador, que é
claramente pronunciada no Velho Testamento, mas confirma a intenção profética,
concede comentário inspirado e restaura importantes textos e contextos messiânicos.
Joseph Smith disse, “A partir de várias revelações que haviam sido
recebidas, era aparente que muitos pontos importantes concernente à salvação
dos homens, haviam sido tirados da Bíblia, ou perdidos antes que fosse
compilada”[xl]. Eu sinto que ensinamentos
cruciais concernentes ao Messias Salvador foram perdidos para Israel e estariam
indisponíveis a nós sem o Livro de Mórmon. A “restauração” da plenitude
do evangelho nos possibilita a retomar algumas das intenções proféticas no
Velho Testamento; neste sentido, o Messias “Oculto” é revelado mais uma
vez.
O conhecimento do
Messias Salvador foi perdido desde muito cedo através de várias séries de
apostasias, apenas para ser restaurado quando um profeta fosse chamado mais uma
vez. Este ciclo de apostasia/restauração, apostasia/restauração, continuou
até a vinda de Jesus Cristo.[xli] Uma restauração
de um significado mais profundo do sistema sacrificial dos Judeus e também de
passagens messiânicas específicas e a restauração de outros conhecimentos
perdidos podem ser vistos na vida de Leí e Néfi, que viveram em Jerusalém a
cerca de 600 B.C.. Um claro entendimento de um Salvador Messias que oferecia
para uma pecaminosa Israel um sacrifício não aparenta ter sido crença comum
entre os Judeus daquele período.
As visões de Leí,
conforme descritas por Néfi, demonstram surpresa ao novo conhecimento da missão
do Messias Salvador. Muito da nova compreensão de Néfi vem da leitura de um
desconhecido livro a ele mostrado por um anjo. Não parece se ter encontrado nos
contemporâneos de Leí e poderia não ter sido claramento ensinado no texto que
era usado na época. Apenas após a leitura deste livro é que Leí foi capaz de
testificar sobre o Salvador Messias, porque o livro “manifestava plenamente
sobre a vinda de um Messias (I Ne. 1:9). Ao recontar a experiência de seu pai,
Néfi explicou que Leí havia ensinado sua família de que “Um profeta iria o
Senhor Deus levantar entre os Jdeus, mesmo um Messias, ou em outras palavras, um
Salvador do mundo” (1 Néfi 10:4). O contexto da passagem parece indicar que
este ensinamento fosse novidade à família de Leí, alguma coisa não comumente
conhecida. O primeiro uso do título “Cordeiro de Deus” encontra-se no versículo
10, e é impossível que Leí descobriu em suas visões e revelações a conecção
entre o sacrifício do cordeiro e a morte do Messias. No versículo 11, Leí
mencionou que o Messias seria morto.
Néfi
foi tocado pelas revelações de seu pai sobre o nascimento e morte do Messias
Salvador para querer conhecer mais sobre as coisas que seu pai havia ensinado.
Exatamente o que ele queria saber? Isto não está especificamente indicado, mas
no capítulo seguinte Néfi aprenderia, aparentemente pela primeira vez, que o
Cordeiro, já identificado por Leí como o Messias Salvador é o Filho Literal
de Deus (1 Ne. 11:21). Isto é uma genuína e profunda revelação concernente
à condescendência de Deus. A filiação literal do Messias Salvador foi
rejeitada quando ela foi revelada. O texto bíblico não explicitamente trata
esta questão, mas um exemplo real de sua rejeição é encontrado no Livro de Mórmon
entre aqueles que alegavam seguir às tradições de Moisés. Parece que duas
tradições separadas sobre a origem do Messias Salvador chegaram até o Novo
Mundo. Possivelmente Lamã e Lemuel, que ficaram ao lado dos Judeus de Jerusalém
contra seu pai e irmão, trouxeram com eles uma tradição separada concernente
ao Messias. Abinádi apresenta sua mensagem muito semelhantemente às mensagens
proféticas encontradas no Velho Testamento. É o chamado de Deus para o retorno
à sua lei e a reafirmação dos mandamentos dados a Moisés no Sinai. Embora
este chamado ao arrependimento desafia o rei e sua corte, é pela doutrina da
filiação divina do Messias Salvador que Abinádi finalmente traz sobre si a
pena de morte declarada pelos sacerdotes de Noé. O registro Nefita declara:
“[Noé] disse a ele: Abinádi, encontramos uma acusação contra ti, e tu és
digno de morte. Pois tu disseste que o próprio Deus desceria entre os filhos
dos homens; e agora, por esta causa tu serás condenado à morte a menos que
abandone todas as tuas palavras” (Mosías 17:7-8).
O
que Abinádi disse a corte de Noé foi que “o próprio Deus desceria entre os
filhos dos homens e redimiria seu povo. E porque ele habita na carne ele será
chamado o Filho de Deus” (Mosías 15:1-2). Abinádi citou Isaías 53 e
conectou o Salvador Messias como sendo o filho de Deus. Então, para Abinádi, o
Messias Salvador era não apenas o servo ungido e especial do Senhor previsto
por Isaías, mas o próprio filho de Deus e o Santo de Israel, o Deus de Israel.
Abinádi foi executado pouco tempo após este pronunciamento.
Procuraram
os judeus matar Leí por razão semelhante quando lhes ensinou “plenamente”
concernente o Messias Salvador e a redenção deste mundo? (I Néfi 1:19-20).
Talvez as passagens messiânicas que tratam sobre a filiação divina do Messias
Salvador não sobreviveram na transmissão do Velho Testamento porque elas foram
em última análise rejeitadas e os profetas que “plenamente” ensinavam esta
doutrina foram mortos. O discípulo do Novo Testamento, Estevão, pode ter tido
isto em mente quando disse: “A qual dos profetas não perseguiram vossos pais?
Até mataram os que dantes anunciaram a vinda do Justo”, (Atos 7:52). Seria
esta a dificuldade encontrada entre seus discípulos relacionada a suas faltas
de compreensão da relação entre o Messias Salvador e Deus, ou seja, de que
ele seria o filho de Deus?
Que esta relação entre o Messias Salvador e Deus era conhecida antes do ministério mortal de Jesus é claramente detalhada em textos restaurados através de Joseph Smith.[xlii] A restauração de ensinamentos pré Novo Testamento encontrado no Livro de Mórmon, Pérola de Grande Valor e a Versão Inspirada de Joseph Smith revelam o grande conhecimento que os profetas bíblicos de outrora tinham disponível. Apenas vestígios deste conhecimento podem ser encontrados no texto do Velho Testamento. Vários anos atrás, um jovem Judeu, Larry Gassin, filiou-se à Igreja no sul da Califórnia. Ele havia sido criado em uma congregação Judaico Conservadora no vale de San Fernando.
O chamado, missão, sofrimento, morte e ressurreição do Messias Salvador foram anunciados pelo profeta Isaías, embora o servo mencionado é identificado como Israel pelos comentaristas Judeus (Isa. 42:1-4; 49:1-6; 50:4-9; 52:13-53:12).[xliii] O Livro de Mórmon testifica para a identidade do “servo sofredor” como sendo Jesus de Nazaré, o Cristo ou o Messias (Mosías 13:33-15:31).
Ao substituir as palavras o Messias para todos os pronomes,
podemos enxergar o Messias “oculto” em Isaías 53:
“Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o
braço do Senhor?.
Pois [o Messias] foi crescendo como renovo perante ele [Deus], e como
raiz que sai duma terra seca; [o Messias] não tinha formosura nem beleza; e
quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o [o Messias] desejássemos.
[o Messias] Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e
experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem [do Messias] os homens
escondiam o rosto, [o Messias] era desprezado, e não fizemos dele [do Messias]
caso algum.
Verdadeiramente ele [o Messias] tomou sobre si as nossas enfermidades, e
carregou com as nossas dores; e nós o [o Messias] reputávamos por aflito,
ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele [o Messias] foi ferido por causa das nossas transgressões, e [o
Messias] esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele [o Messias], e pelas suas [do Messias] pisaduras fomos
sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo
seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele [o Messias] a iniqüidade de todos
nós.
Ele [o Messias] foi oprimido e afligido, mas [o Messias] não abriu a
boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda
perante os seus tosquiadores, assim ele [o Messias] não abriu a boca.
[o Messias] Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado; e quem dentre os
da sua [do Messias] geração considerou que ele [o Messias] fora cortado da
terra dos viventes, [o Messias] ferido por causa da transgressão do meu [de
Deus] povo?
E deram-lhe [ao Messias] a sepultura com os ímpios, e com o rico na sua
[do Messias] morte, embora [o Messias] nunca tivesse cometido injustiça, nem
houvesse engano na sua [do Messias] boca.
Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo [o Messias], fazendo-o [o
Messias] enfermar; quando ele [o Messias] se puser como oferta pelo pecado, [o
Messias] verá a sua posteridade, [Deus] prolongará os seus [do Messias] dias,
e a vontade do Senhor prosperará nas suas [do Messias] mãos.
Ele [Deus] verá o fruto do trabalho da sua [do Messias] alma, e ficará
satisfeito; com o seu [de Deus] conhecimento o meu servo justo [o Messias]
justificará a muitos, e as iniqüidades deles [o Messias] levará sobre si.
Pelo que lhe [ao Messias] darei [eu Deus] o seu quinhão com os grandes,
e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto [o Messias] derramou a
sua [do Messias] alma até a morte, e [o Messias] foi contado com os
transgressores; mas ele [o Messias] levou sobre si o pecado de muitos, e pelos
transgressores intercedeu.”[xliv]
Com a interpretação escritural
dos discípulos de Jesus, a restauração de antigas escrituras e o Espírito
Santo como um guia, o indivíduo está em uma posição agora de ter o Messias
Salvador das escrituras hebraicas revelado, de tal forma que ele não mais está
oculto de sua visão.
Notas Finais
[i] Citado em Raphael Patai, The Messiah Texts (New York: Avon Books, 1979), pp. 50-51.
[ii]
Enquanto muitos Judeus Reconstrucionistas, Reformadores e Conservadores não
mais esperam pelo surgimento de um Messias Salvador, Judeus ortodoxos e
Hasidianos ainda oram, “Que a flecha de teu servo Davi possa brotar” como
parte das Dezoito Bênçãos editada pelo Rabi Gamaliel II no ano 70 AD.
[iii]
Citado em Patai, Messiah Texts, p. 47.
[iv].Francis Brown, S. R. Driver, and C. A. Briggs, A Hebrew and English Lexicon of the Old Testament (Oxford: Oxford University Press, 1977), p. 603.
[vi].
Ver também Isaías 61:1; Salmos
105:15 para o paralelismo “meu ungido” com “meus profetas”.
[vii]
Ver Joseph Klausner, The Messianic Idea in Israel: From Its Beginning to the Completion of
the Mishnah (New York: Macmillan, 1955); Gershom Scholem, The
Messianic Idea in Judaism and Other Essays on Jewish Spirituality (New York:
Schocken Books, 1971); Joachim Becker, Messianic
Expectation in the Old Testament (Philadelphia: Fortress Press, 1980); and
Jacob Neusner, Messiah in Context: Israel’s History and Destiny in Formative Judaism
(Philadelphia: Fortress Press, 1984). Os paralelos entre o Messias Efraimita e Joseph Smith são examinados em
Joseph Fielding McConkie, Seu nome sera
José: Antigas Profecias do Vidente dos Últimos Dias (Salt Lake City:
Hawkes Publishing, 1980), pp. 153-84.
[viii].M.
de Jonge, “O Uso da Palavra ‘Ungido’ no Tempo de Jesus,” Novum
Testamentum 8 (1966): 147.
[ix].Ver também o Testamento de Judá em R. H. Charles, The Apocrypha and Pseudepigrapha of the Old Testament (Oxford: The Clarendon Press, 1977), p. 322. No Testamento dos Doze Patriaarcas o mesmo esquema de dualidade messiânica está presente, em que Judá declara, “Pois para mim o Senhor deu o reino, e para ele [Levi] o sacerdócio, e Ele estabeleceu seu reino sob o sacerdócio. A mim Ele deu as coisas sobre a terra; a ele as coisas debaixo dos céus. Assim como os céus são mais altos que a terra, assim é o sacerdócio de Deus mais alto que as coisas do pertinentes ao reino temporal, e assim será a menos que se afaste pelo pecado de Deus e seja dominado pelo reino temporal. Pois o anjo do Senhor me disse: O Senhor o escolheu ao invés de ti, para ficar próximo Dele, e para comer de Sua mesa e para oferecer-lhe as primícias das coisas escolhidas dentre os filhos de Israel; mas tu será o rei de Jacó.” (Testamento de Judá 21:2-5.) Sobre o relacionamento entre o messianismo dos Testamentos and aquele de Quram, Ver K. G. Kuhn, “Dois Messias,” Os Pergamimnhos e o Novo Testamento, K. Stendahl, ed. (New York: Harper and Row, 1957), pp. 57-58.
[x].Geza Vermes, The Dead Sea Scrolls in English (Baltimore, Md.: Penguin Books, 1968), p. 49.
[xi].Ver Robert Eisenman, Maccabees, Zadokites, Christians and Qumran (Leiden, Netherlands: E. J. Brill, 1983), pp. xi-xvii, 1-3.
[xii].Veja
o Dicionário Bíblico, edição SUD da Versão do Rei Tiago da Bíblia, s.v.
“Messiah.” Uma coleção desta literature pode ser encontrada em George W.E.
Nickelsburg, Literatura Judaica entre a Bíblia e a Mishnah (Philadelphia:
Fortress Press, 1981).
[xiii].F. F. Bruce, New Testament History (Garden City, N.Y.: Doubleday, 1980), p. 133.
[xiv].William F. Arndt and F. Wilbur Gingrich, A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature (Chicago: University of Chicago Press, 1957), p. 895.
[xv].George Morrish, comp., A Concordance of the Septuagint (Grand Rapids, Mich.: Condervan Publishing House, 1976), p. 261.
[xvi].
O Novo Testamento identifica o
Messias Salvador não apenas como um Rei escatológico, mas também como um ser
celestial pré-existente e participante em uma empreitada criativa. (João
1:1-4).
[xvii].George Arthur Buttrick, ed., The Interpreter’s Dictionary of the Bible, 5 vols. (Nashville: Abingdon Press, 1962), 4:408-9.
[xviii]. Embora não considerado uma exegese escriturística no sentido tradicional, o Targum Isaías, uma tradução em Aramaico do livro Hebreu de Isaías, reflete uma compreensão contemporânea de uma passagem, uma vez que nenhuma tradução é objetiva ou neutra. Bruce Chilton argumenta, “O tradutor sempre ‘e necessariamente’ impõe sua própria compreensão naquilo que ele traduz.” Bruce D. Chilton, The Isaiah Targum: Introduction, Translation, Appartatus and Notes (Wilmington, Del.: Michael Glazier, 1987), ix.
[xix].A. Cohen, ed., The Psalms: Hebrew Text & English Translation with an Introduction and Commentary (New York: Soncino Press, 1985), p. 4.
[xx].H. Neil Richardson, “The Old Testament Background of Jesus as Begotten of God,” Bible Review, vol. 2, Nov. 11 (Fall 1986): 24.
[xxi].Tanach: A New Translation of the Holy Scriptures according to the Traditional Hebrew Text (Philadelphia: Jewish Publication Society, 1985), p. 631.
[xxii].Frank Moore Cross, David Noel Freedman, and James A. Sanders, eds., Scrolls from Qumran Cave I: The Great Isaiah Scroll, The Order of the Community, The Pesher to Habakkuk (Jerusalem: The Albright Institute of Archaeological Research and The Shrine of the Book, 1974), p. 13.
[xxiii].Ver LDS Bible Dictionary, s.v. “Masoretic.”; The Septuagint with Apocrypha: Greek and English (Grand Rapids, Mich.: Zondervan Publishing House, 1980), p. 842.
[xxiv].Ver também Robert G. Bratcher, Old Testament Quotations in the New Testament (New York: United Bible Societies, 1984), p. 1. Para informação adicional sobre a Septuaginta ver Ernst Wurthwein, The Text of the Old Testament: An Introduction to the Biblia Hebraic (Grand Rapids, Mich.: William B. Eerdmans Publishing Co., 1979), pp. 49-74, especially, pp. 51-53. Para uma visão Judaica polêmica sobre esta questão ver Gerald Sigal’s The Jew and the Christian Missionary: A Jewish Response to Missionary Christianity (New York: KTAV Publishing House, 1981), pp. 20-28.
[xxv].O Hebraico almah é traduzido “uma mulher jovem, madura sexualmente, solteira ou recém casada” em Brown, Driver and Briggs Hebrew and English Lexicon, p. 761. Para uma completa discussão do uso de virgem no Velho Testamenteo ver G. J. Botterwech and Helmer Ringgren, Theological Dictionary of the Old Testament, John T. Willis, trans., 5 vols. (Grand Rapids, Mich: William B. Eerdmans Publishing Co., 1975), 2:338-343.
[xxvi].
A antiguidade deste documento está
baseada na crença de alguns eruditos que o Targum reflita semelhanças com os
documentos do primeiro e segundo séculos A.D. Sobre o uso de jovem mulher,
Ver Bruce D. Chilton, The Isaiah Targum,
p. 17.
[xxvii].I. W. Slotki, ed., Isaiah: Hebrew Text & English Translation with an Introduction and Commentary (New York: Soncino Press, 1980), p. 44.
[xxix].Ver Gerald Cooke, “The Israelite King as Son of God,” Zeitschrift Fur Die Alttestamentliche Wissenschaft 72 (1961): 202-25.
[xxx].Ver
Joel Marcue, “Mark 14:61: Are You the Messiah Son-of-God?” Novum
Testamentum 31 (April 1989):
127.
[xxxi].Bruce, New Testament History, p. 198.
[xxxii].Marcues, “Mark 14:61,” p. 140.
[xxxiii].Ver Abraham Gileadi, The Book of Isaiah: A New Translation with Interpretive Keys from the Book of Mormon (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1988), especially pp. 66-69.
[xxxiv]."For it is expedient,” segundo Amuleque, “Porque é necessário que haja um grande e último sacrifício; sim, não um sacrifício de homem nem de animal nem de qualquer tipo de ave; pois não será um sacrifício humano; deverá, porém, ser um sacrifício infinito e eterno.” (Alma 34:10).
[xxxv].Uma
doutrina adicional perdida para Israel era a crucificação e rejeição final
do Messias. Um Messias crucificado era uma contradição Segundo os termos dos
Judeus de tradição Farisaico-Rabínica. Veja Gálatas 3:13 para a razão
original de Paulo rejeitar um Jesus “crucificado”
a quem ele achava fosse obviamente amaldiçoado por Deus. Ver também Roy
A. Rosenberg, “O Messias Sacrificado no Velho Testamento,” Zeitschrift
fur die Alttestamentliche Wissenschaft 99 (1987): 259-61.
[xxxvi].The New Jerusalem Bible (Garden City, N.Y.: Doubleday, 1985), p. 1311.
[xxxvii].Para uma leitura alternativa deste texto ver Michael A. Fishbane, Biblical Interpretation in Ancient Israel (Oxford: Clarendon Press, 1985), pp. 33-36.
[xxxviii].LDS Bible Luke 11:52 (n. 52c).
[xxxix].Para uma discussão completa ver Robert J. Matthews, A Plainer Translation, Joseph Smith’s Translation of the Bible: A History and Commentary (Provo, Utah: Brigham Young University Press, 1975), especially pp. 4-8.
[xl].Joseph Smith, Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, sel. Joseph Fielding Smith (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1977), pp. 9-11.
[xli].Informação
sobre o Messias Salvador foi perdida logo em seguida à apostasia da Dispensação
do Novo Testamento. Por exemplo, o relacionamento de Jesus com os outros filhos
e filhas de seu Pai, incluindo Lúcifer, não é mais compreendida entre a
comunidade Cristã.
[xlii].Veja o cabeçalho do Índice da Combinação Tripla sobre “Jesus Christ/Messiah,” “Only Begotten Son,” “Son of God,” e “Son of Man.”
[xliii].Diferente de outras fontes Judaicas, o Targum Isaías realmente identifica o Messias com o servo em Isaías 53, mas é o Novo Testamento e as escrituras restauradas quem nos dá uma visão mais profunda da pessoa sofredora do servo. Ver Bruce D. Chilton, The Isaiah Targum, pp. 103-5.
[xliv].Esta idéia foi apresentada a mim por Keith Meservy do Departamento de Escritura Antiga da BYU. Ver também Irving H. Cohen, “A Jew Finds the True Messiah,” em No More Strangers, comp. Hartman and Connie Rector (Salt Lake City: Bookcraft, 1971), pp. 56-66.