Gostaria de concentrar nossa interpretação do grego em três escrituras:
Mateus 28:1
"No findar do Sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro."
Uma das primeiras regras de gramática é que quando se traduz uma palavra ela precisa ser traduzida, não interpretada. Se uma palavra a ser traduzida é plural, então a palavra deve estar também no plural. Nunca se deve traduzir uma palavra singular por uma plural. Este é precisamente o caso em todas Bíblias. Temos tradutores que interpretaram certas palavras (como estas que gostaria de mostrar) pois não podiam compreender por que Deus usaria estas palavras como usou. Desta forma, em essência, interpretam de acordo como eles acreditavam que Deus "deveria" ter usado tal palavra. Isto tem causado sérios erros de interpretação ao longo das eras da história registrada da igreja.
Vamos dar uma olhada no nosso versículo em questão. A frase, "No findar do sábado," está incorreta. A palavra grega por trás de "do sábado" é uma palavra plural, é <sabbatwn>, um genuíno genitivo plural. O <wn> de sua terminação é uma pista sobre seu plural. Em grego, o plural o singular de uma palavra é determinado pela sua terminação. A terminação neste caso é <Ômega nu>, o que forma o plural e deveríamos traduzir a frase, "No final dos sábados (Sabbaths)," denotando uma pluralidade.
Vamos dar uma olhada cuidadosa na próxima frase, "ao entrar o primeiro dia
da semana". Antes de tudo, você deve notar, na versão inglesa do rei
Tiago, palavras escritas em itálicos não estavam na linguagem original e foram
colocadas no texto a fim de tentar clarificar o significado. Neste caso acabou
mais complicando que clarificando. Podemos chegar até a segunda metade daquela
frase, "o primeiro da semana" sem nenhum dano à escritura original.
Mas não podemos parar aí porque é nesta frase que acharemos a resposta à
nossa busca.
A frase "primeiro da semana" consiste de duas palavras Gregas, "mian sabbatwn" a qual é a mesma palavra da primeira parte do versículo. Como pode ver, a palavra foi traduzida junto com uma palavra singular portuguesa “semana”, o que é uma tradução errônea. O termo <mian sabbatwn> deveria ser traduzido “primeiro dos sabbaths”. A palavra [mian] pode ser tanto traduzida como “primeiro ou um.” A palavra denota o número da unidade que tanto pode estar na forma cardinal ou ordinal.
Agora vamos traduzir este versículo de acordo com o que acabamos de descobrir:
“No fim dos sabbaths, ao entrar a aurora do primeiro dos sabbaths, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.”
É também importante notar que as duas palavras gregas que são traduzidas primeiramente ao longo desde conjunto de versículos tem uma raiz que significa, “um, sozinho, um e o mesmo, apenas um.” Estas são as palavras <mian> e <mias> que ligam a raiz da palavra grega <eis>. É interessante notar que Deus usa linguagem específica a fim de reforçar o ensinamento de que não há dois Sabbaths mas apenas um, e que um deles é um Domingo. Compreende a diferença agora no versículo? Continuarei com os outros dois versículos e comentarei no tremendo impacto de que uma verdadeira tradução destes versículos terá na nossa compreensão do Domingo.
Marcos 16:2
"E muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar o sol, foram ao túmulo."
Dever-se-ia ler:
"E muito cedo no primeiro dos sabbaths [mias sabbatwn], ao despontar o sol, foram ao túmulo."
A mesma situação conforme Mateus 28:1. Uma palavra plural foi traduzida como singular. [Mias] como [mian] é traduzida tanto como primeiro ou um. Podemos traduzir tanto como um dos sabbaths como primeiro dos sabbaths sem causar qualquer dano à palavra de Deus. A única coisa que causamos dano é sobre a crença tradicional baseada em erro.
Marcos 16:9
"Havendo Jesus ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios."
"Havendo Jesus ressuscitado cedo no primeiro [prwth] do sabbath [sabbatov], apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios."
As duas palavras Gregas que aparecem neste versículo são diferentes daquelas dos outros versículos, ainda assim carregam o mesmo significado. A palavra "prwth" é derivada da raiz da palavra <prwtos> que é uma palavra ordinal que também pode ser traduzida como, “proeminente, líder, mais importante, chefe, e principal” . "Prwte" [prwth] é traduzido como “primeiro” nos seguintes versículos: Mateus 26:17; Marcos 14:12; 2 Timóteo 4:16; Hebreus 9:15; Apocalipse 20:6. A segunda palavra gregra é <sabbatou> que pode ser traduzido como “do sabbath”. Esta palavra é singular e não plural. <Sabbatov> é um genitivo singular. Deus pode estar nos dizendo neste versículo de que o principal acontecimento no novo sabbath é a ressurreição de Seu Filho e de que isto é para ser o foco principal daquele dia.
A menos que você creia que a ressurreição ocorreu no sábado (difícil, devido aos três dias a se cumprir da profecia...), a bíblia original grega chama o dia da ressurreição de sabbath, mesmo no genitivo plural, seria lido como “primeiro dos sabbaths”.
O trabalho completo de onde tirei tais conclusões pode ser visto na Web, pelo Dr. Ken Matto.
· 74 AD A Epístola de Barnabé “Guardamos o oitavo dia (Domingo) com júbilo, no dia em Jesus se levantou novamente dentre os mortos” (Epístola de Barnabé 15:6-8).
· 90 AD A Didaché “Mas a cada DIA do SENHOR…ajuntai-vos e partilhai do pão, e fazei vossas ações de graça após ter confessado vossas transgressões, para que o vosso sacrifício possa puro. Todavia não deixai ninguém que está em divergência com seu amigo agregar-se a vós, até que eles estejam reconciliados, para que o vosso sacrifício não possa ser profanado” (Didaché 14:1, Padres Ante-Niceianos Vol. 7, pg. 381)
· 90AD Didaché: ... a cada DIA do SENHOR, realizai vossas assembléias solenes, e rejubilai: pois será culpado de pecado aquele que jejuar no DIA do SENHOR, sendo ESTE O DIA DA RESSURREIÇÃO...(Constituição do Santos Apóstolos, Padres Ante-nicéianos Vol. 7, pg. 449)
· 90AD Didaché: E no dia da ressurreição de nosso Senhor, o qual é chamado o Dia do Senhor, reuni-vos mais diligentemente, enviando louvores a Deus que criou o universo por intermédio de Jesus, e o enviou a nós, e condescendeu em deixá-lo sofrer, e o levantou dentre os mortos. Doutra maneira que desculpas daria alguém a Deus para não se congregar nesse dia a fim de ouvir a palavra de salvação concernente à ressurreição...?(Constituição do Santos Apóstolos, Padres Ante-Nicéianos Vol. 7, pg. 423)
·
90AD Didaché:
E no dia da ressurreição do Senhor, que é, o Dia do Senhor, reuni-vos todos
juntos, sem falta, dai graças a Deus, e o adorai por aquelas misericórdias que
Deus nos tem derramado através de Cristo, e vos tem livrado da ignorância, erro
e cativeiro, para que vosso sacrifício possa ser sem mácula e aceitável a Deus,
o qual dissera concernente a Sua Igreja Universal: “Em todo lugar seja incenso
e um puro sacrifício ofertado a mim, pois sou um grande Rei, diz o Senhor
Todo-Poderoso, e meu nome é maravilha entre os pagãos.” [Malaquias
1:11,14] Constituição do Santos
Apóstolos, Padres Ante-nicéianos Vol. 7, pg. (471)
·
107 AD Ignácio:
Não vos enganeis com doutrinas estranhas, nem com velhas fábulas, as quais não
trazem nenhum proveito. Pois se nós vivêssemos ainda de acordo com a lei
Judaica, nós reconheceríamos que não teríamos recebido a graça...Se, portanto,
aqueles que foram trazidos da antiga ordem das coisas vieram à possessão de uma
nova esperança, não mais observando o Sabbath (Sábado judaico), mas vivendo na
observância do Dia do Senhor, na qual também
nossa vida brotou novamente por Ele e por intermédio de Sua morte (Que
alguns negam), por tal mistério nós recebemos fé, e contanto que soframos a fim
de que nós possamos ser achados discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre,
como seríamos capazes de viver apartados dele por quem até mesmo os profetas
estão procurando como seu Mestre uma vez que estes são seus discípulos no
espírito? ...Que todo amigo de Cristo guarde o Dia do Senhor como um festival,
um dia de ressurreição, a coroa e chefe de todos os dias da semana. É um
absurdo falar de Jesus Cristo com a língua , e fomentar na mente um Judaísmo
que tem agora chegado a um fim, pois onde houver Cristianismo não pode haver
Judaísmo...Estas coisas eu envio a vós, meus amados, não que eu saiba que algum
de vós esteja em tal estado; mas desejo de antemão vos resguardar, antes que
qualquer dentre vós caia nos anzóis de vãs doutrinas, mas para que possais
melhor apegai-vos a uma completa certeza em Cristo...(Inácio, Epístola aos
Magnesianos, capítulo 9. Padres
Ante-Niceianos, Vol. 1, pg.62-63)
·
110AD Plínio:
eles tinham o hábito de se reunirem num determinado dia fixo antes que
clareasse, quando cantavam hinos diversos a Cristo, como para um Deus, se uniam
em um solene juramento de não praticar quaisquer atos iníquos, nunca cometerem
qualquer tipo de fraude, roubo ou adultério, nunca em prestar um falso
testemunho nem em negar uma responsabilidade quando fossem eles chamados para
tal; após o que era costume deles se separarem e então se reunirem novamente
para participar de uma boa refeição – mas comida de tipo frugal e inocente.
(Cerca de três anos após a morte de Ignácio em 107 AD, uma importante
comunicação oficial foi enviada de um Plínio para o Imperador Trajano em Roma.
Plínio, o governador Romano da Bitínia,
escreveu dos Cristãos que haviam ali se congregado provavelmente pelo menos
desde 62 AD em diante).
Nesta remarcável declaração é explicitamente
afirmado que estes primitivos Cristãos observavam o corpo principal dos 10
mandamentos, e é implícito de que eles observavam todos os dez tanto quanto
fossem possível para assim o fazer. Tanto quanto fossem capazes, pois como a
maioria dos cristãos primitivos vinha das classes mais pobres ou dos
trabalhadores escravos, e esses que possuíam mestres e empregadores pagãos (a
vasta maioria), eram forçados a trabalhar no dia de descanso, o qual era
desafortunadamente um dia oficial de trabalho por todo Império até o Édito de
Constantino sobre o “Sabbath” em 321 A.D. que
lhes deu alguma medida de proteção pública. Uma vez que lemos que após
se congregarem “num determinado dia fixo antes de clarear”, os Cristãos da
Bitínia no primeiro século tinham que “se separar” (muitos deles tinham de
trabalhar para seus mestres e empregadores da aurora ao crepúsculo) e então “se
reunirem novamente para partilhar do pão”. O “num certo dia fixo” [stato die] em que os
Cristãos se reuniam, e visto pelos
Sabatistas como sendo o sábado.
Certamente a expressão parece indicar um certo
dia de reunião, provavelmente cada semana. Mas Domingo é muito mais provável de
ter sido este “determinado dia fixo” do que o Sábado. Pois se Plínio tivesse se
referido ao antigo Sábado Sabbath, como um romano ele iria sem dúvida
referir-se à “última” reunião primeiro e apenas então à reunião da manhã no dia após o “determinado dia fixo”, uma
vez que o antigo Sábado Sabático era demarcado do crepúsculo de um dia até o
crepúsculo do dia seguinte. Mas Plínio não faz tal referência. Ao invés disso,
ele menciona que a reunião antes da aurora acontecia em primeiro lugar – e
apenas depois de tudo a reunião posterior; e que ambas as reuniões tomavam
lugar no mesmo “determinado dia fixo”. Isto aponta melhor para a Romana (e,
mais importante! Do Novo Testamento) demarcação de meia-noite a meia-noite dos
modernos guardadores do Domingo do que para a demarcação crepúsculo a
crepúsculo dos Judeus e dos Sabatistas. (A Partir do Sabbath do Convênio,
Francis Nigel Lee, Pág. 242)
·
130AD Barnabé: Além do mais Deus disse aos
Judeus, “Vossas luas novas e Sabbaths eu não posso mais tolerar” Vejam vocês
como Ele diz, “Os atuais Sabbaths não são a mim aceitáveis, mas o Sabbath que
eu fiz em que, quando tenho descansado de todas as coisas, eu o farei ao início
do oitavo dia o qual é o começo de um outro mundo.” Desta forma, nós Cristãos
guardamos o oitavo dia por júbilo, no qual também Jesus se levantou dos mortos
e quando apareceu ascendeu ao céus. (15:8f, A Epístola de Barnabé, 100 AD, Padres Ante-Niceianos , vol. 1,
pg. 147)
·
150 AD Epístola dos Apóstolos – Eu [Cristo] voltei à vida no
oitavo dia que é o dia do Senhor
·
150 AD Justino:…aqueles que tem perseguido e
verdadeiramente perseguem a Cristo, se
eles não se arrependerem, não deverão herdar nada no monte santo. Mas os
Gentios, os quais têm acreditado Nele, e têm-se arrependido dos pecados que
cometeram, receberão a herança junto com os patriarcas, profetas e dos homens justos descendentes de
Jacó, mesmo que esses não guardem o Sabbath, nem são circuncidados, nem observem as festas. Com toda certeza eles
receberão a santa herança de Deus. (Diálogo com Trifo, o Judeu, 150-165 AD,
Padres Ante-Niceianos , vol. 1, pg. 207)
·
150 AD Justino: Mas se não admitis isto, estaremos
solícitos a cair em tolas opiniões, como se não fosse o mesmo Deus que
existisse nos tempos de Enoque e de
todo o resto, os quais não eram circuncidados segundo a carne, nem observavam
Sabbaths, ou festas e sacrifícios antes do tempo de Moisés; não mais
necessidade existe delas agora, após o que, de acordo com o desejo de Deus,
Jesus Cristo o Filho de Deus nasceu sem pecado, de uma virgem brotou do rebanho
de Abrão . (Diálogo com Trifo, o Judeu,
150-165 AD, Padres Ante-Niceianos , vol. 1, pg. 206)
·
150AD JUSTIN: Mas Domingo é o dia em que mantemos
nossa assembléia comum, pois é o primeiro dia da semana e Jesus nosso Salvador
no mesmo dia levantou dentre os mortos (Primeira apologia de Justino, Cap. 68)
·
150 AD Justino: Além do mais, todos aqueles homens
justos já mencionados [após mencionar Adão, Abel, Enoque, Ló, Noé,
Melquisedeque e Abraão], embora não guardassem nenhum Sabbaths, eram agradáveis
aa Deus; e após eles Abraão com toda a sua descendência até Moisés...E vós fostes
ordenados a guardar os Sabbaths, para que possais reter Deus em vossas
memórias. Pois suas palavras anunciaram que, “Para que vós possais saber que EU
sou o Deus quem vos redimiu”. (Diálogo com Trifo, o Judeu, 150-165 AD, Padres
Ante-Niceianos , vol. 1, pg. 204)
·
150 AD Justino: O mandamento da circuncisão,
requeria deles sempre circuncidar seus filhos no oitavo dia, era um arquétipo
da verdadeira circuncisão pela qual somos circuncidados do erro e do mal
através da ressurreição dos mortos, no primeiro dia da semana, por Jesus Cristo
nosso Senhor. Pois o primeiro dia da semana, embora seja o primeiro de todos os
dias, ainda assim de acordo com o número de dias em um círculo é chamado o
oitavo (embora ainda permanecendo o primeiro). (Diálogo 41:4)
·
150 AD Justino: Não há nenhuma outra coisa pela
qual vós nos culpais, meus amigos, há algo além disto? Que nós não vivemos de
acordo com a Lei, nem que somos circuncidados na carne como vossos
antepassados, nem observamos o Sabbath como vós o observai. (Diálogo com Trifo,
o Judeu, 10:1, Na terceira colocação o Judeu Trifo reconhece que os Cristãos
‘não guardam o Sabbath da maneira judaica’)
·
150 AD Justino: Estamos sempre juntos um com o
outro. E por todas as coisas com as quais somos supridos nós abençoamos o Criador
de tudo através de seu Filho Jesus Cristo e de seu Santo Espírito. E no dia chamado Domingo há um agrupamento
de irmãos no mesmo lugar de todos os que vivem na cidade ou em um distrito
rural. (Segue um relato de um serviço de adoração Cristã, que é citado em
VII.2.) Todos fazemos nossa assembléia no dia do Sol (“Sunday”, antigo nome
Romano para o Domingo), uma vez que este é o primeiro dia, no qual Deus
transformou as trevas e a matéria e criou o mundo, e Jesus Cristo nosso
Salvador levantou-se dos mortos no
mesmo dia. Pois o crucificaram no dia anterior ao dia de Saturno (“Saturday”,
antigo nome Romano para o Sábado), e no dia seguinte (Que é o dia do Sol), ele
apareceu aos seus apóstolos e ensinou aos seus discípulos estas coisas.
(Apologia, 1, 67:1-3, 7; Primeira Apologia, 145 AD, Padres Ante-Niceianos ,
Vol. 1, pg. 186)
·
155 AD Justino Mártir: “Nós observaríamos a circuncisão da
carne, e os sábados, e sumariamente todas as festas, se não soubéssemos por que
razão elas foram a vós impostas – ou seja, em razão da transgressão e dureza de
vosso coração...Como pode ser isto, Trifo, que não observaríamos aqueles
rituais que não nos afetam – Falo da circuncisão carnal, sábados e
festas?...Deus designou a vós a guardar o Sábado, e impôs a vós outros preceitos
por sinal, como já disse, por conta de vossa injustiça e daquela de vossos
pais” (Diálogo com Trifo, o Judeu, 18, 21)
·
180 AD Atos de Pedro – Paulo freqüentemente contendia
com os mestres Judeus e os enfrentava, dizendo ‘é Cristo em quem vossos pais impuseram
as mãos. Ele aboliu vossos Sábados, festas, festivais e a circuncisão’. (1:
I)-2
·
180 AD O Evangelho de Pedro: Cedo de manhã quando o Sábado
terminava, uma multidão de Jerusalém e das circunvizinhanças vieram para ver o
lacrado sepulcro. Na madrugada em que o “Dia do Senhor” raiou, enquanto
soldados em pares para cada vigílias estavam mantendo guarda, uma grande voz
veio do céu. [Segue um relato da ressurreição. Cedo na manhã do Dia do Senhor,
Maria Madalena, uma discípula do Senhor...veio ao sepulcro.] (9:34f.; 2:50f.)
·
190 AD Clemente de Alexandria: (ao comentar cada um dos Dez
Mandamentos e seu significado Cristão): O sétimo dia é proclamado um dia de
descanso, preparando-se para abstenção do mal para o Dia Primeiro, nosso
verdadeiro descanso. (Ibid.
VII. xvi. 138.1)
·
190 AD Clemente de Alexandria: Ele cumpre os mandamentos de acordo
com o Evangelho e guarda o “Dia do Senhor”,
quase sempre ele lança fora maus pensamentos...glorificando a
ressurreição do Senhor nele mesmo. (Ibid. Vii.xii.76.4)
·
190AD CLEMENT OF ALEXANDRIA: Platão profeticamente fala do Dia
do Senhor no décimo livro da República, nestas palavras: “E quando sete dias
haviam se passado para cada um deles na campina, no oitavo eles precisavam ir
adiante” (Miscelâneas, V.xiv.106.2)
·
200 AD BARDESANES: Onde quer que estejamos, somos
todos chamados segundo o nome dos Cristãos de Cristo. Em um dia, o primeiro da
semana, nós nos reunimos em assembléia.
·
200 AD Tertuliano: “Nós solenizamos o dia posterior ao
Sábado em distinção àqueles que chamam a esse dia seu Sabbath” (Apologia de
Tertuliano, Cap. 16)
·
200 AD Tertuliano: Segue de acordo que, da mesma
maneira que as abolições da circuncisão carnais e da antiga lei são
demonstradas como tendo sido consumadas aos seus específicos tempos, assim
também a observância do Sabbath é demonstrada ter sido temporária. (Uma
Resposta aos Judeus 4:1, Padres Ante-Nicéianos Vol. 3, pág. 155).
·
2000 AD Tertuliano: Deixe aquele que contende ao
afirmar que o Sabbath é ainda para ser observado como um bálsamo de salvação, e
circuncisão ao oitavo dia por causa do medo da morte, nos ensinar que nos
tempos antigos homens guardavam o Sabbath e praticavam a circuncisão, e desta
maneira eram feitos amigos de Deus....Portanto, uma vez que Deus originou Adão
incircunciso e não observante do Sabbath, conseqüentemente também sua prole.
Abel ofereceu sacrifícios a Ele incircunciso e não observante do Sabbath, foi
por Ele comissionado...Noé também, incircunciso – sim, e não observante do
Sabbath – Deus o livrou do dilúvio. Pois Enoque também, o mais justo homem,
incircunciso e não observante do Sabbath, Ele o transladou deste
mundo...Melquisedeque também, “o sacerdote do deus altíssimo,” incircunciso e
não observante do Sabbath, foi escolhido ao sacerdócio de Deus. (Uma Resposta
aos Judeus 2:10; 4:1, Padres Ante-Nicéianos Vol. 3, pág. 153).
·
200 AD Tertuliano: Outros…supõem que o sol é o deus
dos Cristãos, pois é bem sabido que observamos o Domingo (= Sunday = Dia do
Sol, em latim) como um dia de júbilo. (Às nações 1:133)
·
200 AD Tertuliano: Para nós Sábados é algo estranho
(Sobre Idolatria, 14:6)
·
220 AD Orígines: “No Domingo nenhuma das ações do
mundo deveriam ser feitas. Quando então, abstenhai-vos de todas as obras deste
mundo e mantende-vos livres para as coisas espirituais, ide à Igreja, escutai
as leituras e as divinas homilias (antigos discursos), meditai nas coisas
celestiais. (Homilías
23 in Número 4, PG 12:749)”.
·
220 AD Orígines “Uma vez que não é possível que o
dia de descanso após o sabbath deveria vir a existir a partir do sétimo dia de
nosso Deus. Pelo contrário, é nosso Salvador quem, após o padrão de seu próprio
descanso, nos proporcionou a sermos feitos a similitude de sua morte, e daí
também de sua ressurreição” (Comentários em João 2:28).
·
225 AD A Didascália “Os apóstolos mais tarde apontaram:
No primeiro dia da semana que haja o serviço religioso, e a leitura das Santas
Escrituras, e a oblação, pois no primeiro dia da semana nosso Senhor
levantou-se da morada dos mortos, e no primeiro dia da semana ele se levantou
para o mundo, e no primeiro dia da semana ele ascendeu aos céus, e no primeiro
dia da semana ele aparecerá por último com os anjos do céu” (Didascália
2).
·
250 AD Cipriano; “No oitavo dia, o qual é, o
primeiro dia após o Sabbath e o “Dia do Senhor”. (Epístolas 58, Séc. 4)
·
300 AD Vitorino “O sexto dia (Sexta-feira) é
chamada parasceve, que quer dizer, a preparação para o reino... . Neste dia
também, sobre o relato da paixão do Senhor Jesus Cristo, fazemos tanto uma
pausa para Deus ou um jejum. No sétimo dia ele descansava de suas obras, o
abençoava e o santificava. No dia anterior nós estamos acostumados a jejuar
rigorosamente, para que no Dia do Senhor possamos ir para o nosso sacramento
com ação de graças. E deixe o parasceve tornar-se um rigoroso dia de jejum, pelo
menos nós devemos parecer que guardamos o sabbath como os judeus... cujo
sabbath ele (Cristo) em seu corpo o aboliu” (A Criação do Mundo).
·
300 AD Eusébio: “Eles não observam, portanto, no
que concerne a circuncisão, nem o Sabbath como nós; ...pois tais coisas como
estas não pertencem aos Cristãos”
·
300 AD Eusébio: [Os Ebionitas] estavam acostumados
a observar o Sabbath e outros costumes dos judeus, exatamente como eles, mas
por outro lado, também celebravam o dia do Senhor como nós, para comemorar a
sua ressurreição.
·
300 AD Eusébio de Cesaréia “Eles [os primeiros santos do Velho
Testamento] não se importavam com a circuncisão do corpo, nem nós [Cristãos].
Eles não se importavam sobre a observação dos sábados, nem nós. Eles não
evitavam certos tipos de comida, nem se preocupavam eles as outras distinções
que Moisés primeiramente a sua posteridade para ser observada como símbolos,
nem os Cristãos dos dias atuais fazem tais coisas” (História da Igreja 1:4:8).
·
300 AD Eusébio de Cesaréia “O dia de sua (a de Cristo) luz…foi
o dia de sua ressurreição dos mortos, no qual dizem eles, como sendo o Dia do
Senhor e o único verdadeiro dia Santo, é superior a qualquer outro grupo de
dias conforme nos ordinariamente assim o compreendemos, e superior aos dias
separados pela Lei Mosaica para as festas, luas novas e sábados, os quais o
Apóstolo [Paulo] nos ensina serem as sombras dos dias e não dias na realidade”
(Prova do Evangelho 4:16:186).
·
345 AD Atanásio: “O sabbath foi o término da
primeira criação, o dia do Senhor foi o começo da segunda, no qual ele renovou
e restaurou o antigo da mesma maneira como Ele prescreveu que deveriam
formalmente observar o sabbath como um memorial do término das primeiras
coisas, desta forma honramos o ‘Dia do Senhor’ como sendo o memorial da nova
criação” (Sobre o Sabbath e a Circuncisão 3).
·
350 AD Cirilo de Jerusalém: “Não vos apostatais para dentro da
seita dos Samaritanos nem para dentro do Judaísmo, pois Jesus Cristo tem desde
já vos resgatado. Mantendo-vos indiferentes de toda observância dos sábados e
de fazer distinção entre carnes comuns ou impuras” (Conferências Catequéticas
4:37)
·
360 AD: Concílio de Laodicéia “Cristãos não devem praticar obras
judaizantes e não devem ficar ociosos no sábado, mas deverão trabalhar naquele
dia; eles deverão, entretanto, reverenciar particularmente o ‘Dia do Senhor’ e,
se possível, não trabalhar nele, uma vez que são Cristãos” (Cânon 29).
·
387 AD João Crisóstomo “Havei vós se revestido em Cristo,
havei vos tornado um membro do Senhor e sido envoltos na cidade celestial, e
ainda assim estai enxertados na Lei [de Moisés]? Como é isto possível para vós
obter o reino? Atentai às palavras de Paulo, que a observância da Lei
transpassa o evangelho, e aprendei se vós desejai, como tudo isso se sucedeu, e
tremei, e bani esta armadilha. Por que guardai vós o sabbath e jejuai com os
Judeus?” (Homilias sobre Gálatas 2:17).
·
387 AD João Crisóstomo “O rito da circuncisão era
venerável no registro dos Judeus, uma vez que a Lei por ela mesma dava força
para isto, e o sabbath era menos estimado do que a circuncisão. Para que aquela
circuncisão pudesse ser realizada, o sabbath poderia ser quebrado; mas para que
o sabbath pudesse ser guardado, a circuncisão nunca era deixada de ser
observada; isto marca, eu rogo, a dispensação de Deus. Isto (a circuncisão) é achado ser ainda mais
solene do que o sabbath, pois não era omitida em ocasiões mais específicas.
Quando pois isto (a circuncisão) se acabou, muito mais deveria ter findado o
sabbath” (Homilias sobre Filipenses 10).
·
400 AD (As Constituições
Apostólicas) “E no
dia da ressurreição de nosso Senhor, que é o “Dia do Senhor”, reuni-vos mais
diligentemente, enviado louvor a Deus que fez o universo por intermédio de
Jesus, e no-lo enviou, e condescendeu para deixa-lo sofrer e o levantou dentre
os mortos. Doutra maneira que desculpa fará aquele a Deus o qual não se
congrega naquele dia...no qual é realizado a leitura dos profetas, a pregação
do evangelho, a oblação do sacrifício e o dom da santa ceia”(Constituições
Apostólicas 2:7:60).
·
412 AD Agostinho “Bem, agora, eu gostaria de ser
dito o que existe nestes Dez Mandamentos, exceto a observância do sabbath, o
qual não deve ser guardado por um Cristão... .Quais desses mandamentos diria
qualquer um que um Cristão não devesse guardar? É possível contender de que não
é a Lei que estava escrita naquelas duas taboas que o apóstolo [Paulo] descreve
como a ‘a letra que mata’[2 Cor. 3:6], mas sobre a lei da circuncisão e outros
ritos sagrados os quais estão hoje abolidos” (O Espírito e a Letra 24).
·
597 AD Gregório I “Chegou aos meus ouvidos que certos
homens de espíritos perversos tem semeado entre vós algumas coisas que são
erradas e opostas a santa fé, tais como de proibir qualquer obra a ser
realizada no dia de sábado. De que mais posso eu chamar esses [homens] senão
pregadores do Anticristo, que quando vier fará com que o sábado assim como o
“Dia do Senhor” seja mantido em reverência; e porque compele o povo a judaizar
para que ele possa trazer novamente os ritos exteriores da Lei, e sujeitar a
perfídia dos Judeus para si, ele deseja que o sábado seja observado. Pois isto
é o que foi dito pelo profeta, ‘Não introduzirá cargas pelas portas desta
cidade no dia de sábado’ (Jeremias 17:24) pudesse ser mantido tão logo quanto
isto fosse lícito à Lei para ser observado de acordo com a letra. Mas após o
que a graça do todo-poderoso Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, apareceu, os
mandamentos da Lei que foram falados figurativamente não podem ser guardados
de acordo com a letra. Pois se alguém
vos disser isto sobre o sabbath é para ser observado, ele precisa dizer que os
sacrifícios de carne são para ser oferecidos. Ele precisa dizer que o
mandamento sobre a circuncisão do corpo é ainda para ser mantido. Mas deixai-o
ouvir o apóstolo Paulo dizendo em oposição a ele: ‘Se vós vos circuncidardes,
Cristo não tem para vós ganho algum’ (Gal. 5:2)" (Cartas 13:1).
ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA: Domingo, primeiro dia da semana; na Cristandade o Dia do Senhor (Dies Domine), a memória semanal da ressurreição de
Jesus Cristo dentre os mortos. A prática de Cristãos se reunindo em
congregações para adoração no Domingo remonta aos tempos apostólicos, mas
detalhes do real desenvolvimento de tal costume não está claro. Antes do fim do 1o Século AD, o autor
de Apocalipse deu ao primeiro dia o nome de “Dia do Senhor” (Apocalipse 1:10).
São Justino Mártir (c. 100-c. 165), filósofo e defensor da fé Cristã. Em seus
escritos descreveu os Cristãos se reunindo em
congregação para adoração no “Dia do Senhor”: Os evangelhos ou o Velho
Testamento eram lidos, o ministrador presidente pregava um sermão, e o grupo
orava junto e celebrava a Ceia do Senhor. O imperador Constantino (falecido
337), um converso ao Cristianismo, introduziu a primeira legislação civil concernente
ao Domingo em 321, quando decretou que
todo trabalho deveria cessar no Domingo, exceto aquele trabalho que os
fazendeiros achassem essencial. Esta lei, destinada a providenciar tempo para
adoração, foi seguida mais tarde no mesmo século e em séculos subseqüentes por
restrições posteriores nas atividades do Domingo. (15 a edição, vol. 11, pg. 392)
ENCICLOPÉDIA AMERICANA: Desde a era apostólica até o presente tem sido costume para os Cristãos
se congregarem para sérvios dominicais comuns... Leis civis requerendo a
observância do Domingo remontam a pelo menos ao Imperador Constantino, o
grande, quem designou o Domingo como um dia legal de descanso e de adoração em
321. Esta lei, entretanto, não era especificamente Cristã, uma vez que o
Domingo (Dia do Sol, em latim – ‘solis die’) era o dia do deus-sol para os pagãos assim
como o Dia do Senhor para os Cristãos. Enquanto Constantino manobrava para que
desta forma agradasse os dois principais grupos religiosos no Império Romano,
numerosas leis posteriores regulando o comportamento no Domingo foram
predominantemente Cristãs. (Domingo, 1988, pg. 21)
ENCICLOPÉDIA COLLYE: O Novo Testamento contem evidência clara de que desde um período muito antigo o primeiro dia
da semana era observado pelos Cristãos como um dia de assembléia para a
“partilha do pão” e talvez para a coleta voluntária de ofertas. (Atos 20:7 and
1 Coríntios XVI:2). Justino Mártir no meio do segundo século descreve como
"no dia chamado Domingo" em toda cidade e nos campos, os Cristãos se
congregavam para instruções nas sagradas escrituras, para oração e para
distribuição do pão e do vinho, e para a coleta de esmolas. Tertuliano declarou
que os Cristãos “fizeram do Domingo um dia de júbilo, mas por outras razões
daquela de adorar o sol, o que não fazia parte da religião deles”. (Domingo,
1985, pág. 632-633)
HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ: A celebração do Dia do Senhor em memória da ressurreição de Cristo
remonta indubitavelmente a era apostólica. Nada a não ser um precedente
apostólico pode explicar a universal observância religiosa [do Dia do Senhor]
nas Igrejas do segundo século. Não há nenhuma voz discente. Este costume é
confirmado pelo testemunho dos mais antigos escritores pós-apostólicos como,
Barnabé, Ignácio e Justino Mártir. (Philip Schaff, vol. 1, pág. 201-202)
HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ: Desta forma, o primeiro dia era já considerado honorável na era
apostólica e designado como o “Dia do Senhor”...parece, portanto, a partir do
próprio Novo Testamento que o Domingo era observado como um dia de adoração, e
em especial da comemoração da Ressurreição, onde pelo que a obra de redenção
foi finalizada. A observância universal e incontroversa do Domingo no segundo
século pode apenas ser explicada pelo fato de que teve suas raízes em práticas
apostólicas. (Philip Schaff, vol. 1, pág. 478-479)
NOVA ENCICLOPÉDIA SCHAFF-HERZOG: Os primeiros traços da observância do primeiro dia da semana em memória da Ressurreição do Cristo são encontrados no período Paulino da Era Apostólica… Domingo foi primeiramente regularizado pela autoridade civil em 321, sob Constantino, direcionando aquele dia para que fosse louvado e observado apropriadamente. (Domingo, pág. 145)
HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO: A austeridade
do sábado judaico fora no século II transferida para o Domingo Cristão. Nesse dies
Domini, ou dia do Senhor,
os cristãos se congregavam para o rito semanal. Seus sacerdotes liam as
Escrituras, guiavam-nos nas orações e pregavam sermões doutrinais, de exortação
moral ou de controvérsia sectária. No começo os membros da congregação,
especialmente as mulheres, tinham licensa de “profetizar” – isto é, “falar
adiante”- quando em estado de transe ou êxtase, emitindo palavras suscetíveis
de interpretação piedosa. Mas como esse “profetizamento” começasse a produzir o
caos teológico, a Igreja o refreou e finalmente o suprimiu. O clero tinha de
estar sempre impendindo o surto da superstição e a controlá-la. (Will&
Ariel Durant, História da Civilização – César e Cristo – Cap. XXVIII, pág. 469)