Joseph Smith
plagiou "View of The Hebrews, de Ethan Smith?"
Pesquisado por Kerry A. Shirts.
Traduzido para o Português por Marcelo M.
Silva.
Críticos parecem pensar que alguma coisa existe na idéia de que Joseph
simplesmente usou "View of the Hebrews" de Ethan Smith
(incidentalmente, nenhum parentesco com Joseph) como a principal fonte de
informação para o Livro de Mórmon. Isto é uma refutação de tal declaração e um
prego final no caixão desta tola teoria.
O principal problema com a teoria de que o profeta Joseph Smith roubou
de "View of the Hebrews" de Ethan Smith é como Fawn Brodie, a famosa
escritora antimórmon anotou "Nunca poderá ser provado que Joseph leu
"View of the Hebrews" antes de escrever o livro de Mórmon." (No Man Knows My
History, p.47). Se isto nunca poderá ser provado, então é
tudo fumaça e luzes, adivinhações de
ribalta e uma tentativa desesperada de se achar alguma coisa...QUALQUER COISA
para o livro de Mórmon diferente daquela que Joseph Smith disse.
Em seu texto Joseph Smith e o Início do Mormonismo, Richard L Bushman
notou que não foi senão até o estudo psicológico de Riley em 1902 que alguém
teve a idéia de conectar View of The Hebrews com o Livro de Mórmon. (p.191).
Dizer que Joseph Smith tomou as idéias principais do Livro de Mórmon de
"View of the Hebrews" também tem de dizer que ele não as deve
contradizer, ao mínimo nos seus principais pontos, uma vez que estas são as
coisas que Joseph plagiou. Então como
os dois se pareiam?
"View of the Hebrews" realmente fala sobre a destruição de
Jerusalém, assim como o Livro de Mórmon, então isto parece ser um trabalho
óbvio de furto, até percebemos que "View of the Hebrews" está falando
sobre a destruição de 70 DC pelos Romanos. O paralelo some desde que o Livro de
Mórmon está falando sobre uma época diferente, um contexto diferente com
diferentes situações políticas e povos envolvidos (a destruição de Jerusalém em
587 AC pelos babilônios). Que isto nunca é notado pelos críticos apenas
demonstra que não estão sendo tão honestos com as suas fontes.
"View of the Hebrews" fala sobre específicos sinais celestiais
que marcaram a destruição Romana de Jerusalém. *Nada * sobre isto é encontrado
no Livro de Mórmon.
"View of the Hebrews" fala sobre as muitas profecias da
restauração de Israel, tais como Deut. 30; Isaías 11, 18, 60, 65; Jeremias 16,
23, 30-31, 35-37; Sofonias 3; Amos 9; Oséias e Joel. Estas são as escrituras essenciais
com que a lógica de "View of the
Hebrews" se desenvolve. O tema inteiro de "View of the Hebrews"
está baseado nelas. Com a exceção de Isaías 11, nenhuma delas aparece no
Livro de Mórmon.
"View of the Hebrews" conta que os povos vieram via Estreito
de Bering. Não há nenhum estreito de Bering no Livro de Mórmon. Esta é
claramente uma maneira totalmente estranha dos povos aqui chegarem de acordo
com o Livro de Mórmon. Smith teria se utilizado disto para persuadir outros de
que seu livro era Israelítico se tivesse ele seguido "View of the
Hebrews".
"View of the Hebrews" fala sobre hebraísmos que são “provas”
na perspectiva de "View of the Hebrews" de que os índios americanos
são israelitas. Estes particulares hebraísmos não existem no Livro de Mórmon.
"View of the Hebrews" menciona que os povos chegaram aqui por
terra seca e ao se movimentarem se espalharam do norte para o leste
e então para o sul, tudo isso é crítico desde que "View of the
Hebrews" usa Amós 8:11-12 que profetiza que as tribos iriam do Norte para
o Leste. Migrações populacionais no Livro de Mórmon, no entanto, viajam do SUL
para o NORTE.
"View of the Hebrews" diz que a palavra Aleluia é uma
antiga herança provando que os índios são Israelitas. A palavra não é
encontrada no Livro de Mórmon, que Smith, tivesse usado "View of the
Hebrews", teria se utilizado para assegurar seus leitores de que seu livro
era correto em afirmar que os Índios fossem israelitas.
Os nomes indígenas em "View of the Hebrews" certamente são
hebreus, tais como Keah, Lani, Uwoh, Phale,
*Kurbet*, etc. Estes não têm a mínima semelhança com qualquer dos 175 nomes do
Livro de Mórmon.
"View of the Hebrews" diz que os índios são hebreus porque
eles carregavam pequenas caixas com eles nas batalhas como proteção contra ser
ferido. Isto prova que os índios sabiam da Arca do Convênio, de acordo com
"View of the Hebrews". Como Smith teria deixado passar tão evidente
Hebraísmo? Ainda nada como isto é encontrado no Livro de Mórmon.
"View of the Hebrews" menciona as lendas de Quetzalcoatl
exemplificando os índios como Israelitas. Mas "View of the Hebrews"
tenta provar que Quetzalcoatl não é outro senão...MOISÉS! Isto é dificilmente
uma temática do Livro de Mórmon (alguns eruditos mórmons associaram as lendas
de Quetzalcoatl com a visita de CRISTO às Américas no Livro de Mórmon, mas o
nome Quetzalcoatl nunca aparece no Livro).
Ponto após ponto, mostra-se que o Livro de Mórmon é bem diferente
de "View of the Hebrews". Como e por quê se Smith usou "View of
the Hebrews" como a fonte do Livro de Mórmon?
Sidney B. Sperry faz certas perguntas difíceis que os críticos teriam de
levar em consideração.
Onde em "View of the
Hebrews" pode ser encontrada uma discussão da Expiação tão distinta como a
encontrada em 2 Néfi 9:6-9?
Onde em "View of the
Hebrews" pode ser encontrado um tratado da doutrina de uma oposição em
todas as coisas e do significado da queda tal qual está em 2 Néfi 2:11-25?
Como poderia Joseph Smith ter possivelmente extraído as idéias
pertencentes ao sonho de Leí da árvore, do rio e da barra de ferro (I Néfi 8)
de View Of The Hebrews?
Onde em "View of the Hebrews" poderia Smith ter conseguido as
idéias encontradas em Alma 32 concernentes a fé?
Onde poderia ter ele encontrado material em "View of the
Hebrews" para elaborar sobre o estado da alma entre a morte e a
ressurreição de Alma 40:11-14?
E não há nada comparável em "View of the Hebrews" sobre os
dramáticos três dias de ministério de Jesus em 3 Néfi 11-26? Crianças envoltas em chamas de fogo e coisas
como aquelas.
E eu teria mais a perguntar:
Onde em "View of the Hebrews" poderia Smith ter apanhado a
idéia dos esquisitos barcos jareditas e as estranhas pedras brilhantes?
Existe qualquer coisa semelhante a Liahona – a bússola esférica como uma
bola – em "View of the Hebrews"?
E quanto à desconhecida língua em Egípcio Reformado? Qualquer coisa
semelhante em "View of the Hebrews"?
E quanto ao ritual de coroação do Rei Benjamim? Qualquer coisa
semelhante em "View of the Hebrews"?
E quanto à famosa bandeira de
Morôni, o "Estandarte da Liberdade"?
E quanto à página título do Livro de Mórmon (antigo Scriptorium), ou
quanto às testemunhas do Livro?
E quanto ás placas de ouro e o anjo tomando-as de volta após terem sido
traduzidas com a ajuda do Urim e Thumim assim como as pedras do vidente?
E quanto ao "Volkerwanderungszeit" – as três migrações e
peregrinações dos povos?
Se "View of the Hebrews" é a fonte para o Livro de Mórmon,
como se explica todas as divergências de material entre os dois livros? Por que
, pelos céus, eles são tão dissimilares?
O Livro de Ariel Croeley sobre o livro de Mórmon mostra que o filho de
B.H. Roberts, Bem E. Roberts, disse que B.H. Roberts não perdeu sua fé
no Livro de Mórmon. O estudo de B.H. Roberts sobre o Livro de Mórmon nunca
foi intencionado para publicação e é claro nunca foi terminado,
Estes críticos ignoram (p. 132) Crowley, incidentalmente mostra as grandes
diferenças entre "View of the Hebrews" e o Livro de Mórmon, nas pp.
111-133.
O artigo de Truman Madsen's "B.H. Roberts After Fifty Years" na "Ensign", Dezembro de 1983,
pp. 11-19 demonstra claramente que Roberts não perdeu a fé no Livro de Mórmon,
então os críticos estão simplesmente errados com relação a isso. Mas então
porque se importar em estudar a evidência se ela o refuta? Apenas a ignore e
afirme o que quiser. Isto é como os críticos se comportam com relação à
"View of the Hebrews".
Madison U. Sowell examina a lista de paralelos de Roberts e nota que
B.H. Roberts escreveu uma carta a Richard R. Lyman em Out. 24, 1927, dizendo
que ele gostaria de compartilhar os paralelos com o Quórum dos 12 Apóstolos a
fim de preparar os irmãos contra futuros problemas com o Livro de Mórmon se
eles fossem levantados. Roberts delineou os paralelos em 1927 como uma forma de
defender o Livro de Mórmon, não de refutá-lo. Críticos perderam
completamente o cerne desta questão com relação aos seus estudos do Livro de
Mórmon. (*Defendendo a Pedra Angular* em "Sunstone", p. 52).
Hugh Niybley também têm demonstrado quão inúteis são os paralelos entre
"View of the Hebrews" e o Livro de Mórmon em seu estudo "The
Comparative Method" na "Improvement Era, Out. 1959. Entre outras
coisas, ele notou que se nós encontrássemos o conector "e" em ambos
os livros como um paralelo poderíamos simplesmente dar risada. Isto está em par
com os tolos paralelos que os Tanners encontraram entre o Livro de Judite e o
Livro de Mórmon. Mas se encontrássemos em "View of the Hebrews" ou no
manuscrito de Solomon Spaulding as palavras Cureloms e Cummons, então
teríamos alguma explicação para dar! Incidentalmente estas duas estranhas
palavras não estão em "View of the Hebrews" ou no manuscrito
Spaulding. Nibley também nota que se pode achar no mínimo 75 igualmente bons
paralelos entre o Livro de Mórmon e qualquer outro livro que possa nomear. Você
pode fazer isto com qualquer dois livros, mas isto raramente prova que um
depende do outro. Agora, eu pessoalmente fiz exatamente isto para ver se isso
poderia ser feito. Mostrar-lhe-ei os resultados.
Tenho executado minha proposta usando algumas das sagas Nórdicas dos
últimos anos, e uma cobaia é Snorri Sturluson's Heimskringla: História dos
Reis da Noruega que foi escrita no século XIII (Traduzido para o Inglês por
Lee M. Hollander, Universidade do Texas Impressões, 1st paperback 1991 – número
de páginas segundo esta edição) tão
claramente, Joseph Smith poderia (se soubesse sueco medieval...) ter tido
acesso a esta fonte como origem do Livro de Mórmon também. Considere os
seguintes quase perfeitos paralelos.
Heimskringla
– abre com uma discussão dos
"Grandes Mares", p.6
Livro
de Mórmon – fala sobre "muitas águas" em vários lugares.
Heimskringla
– Othin tinha "dois irmãos", p.7
Livro
de Mórmon – Néfi trata principalmente com seus "dois irmãos", Lamã e
Lemuel.
Heimskringla
– Os exércitos são chamados "bandos", p.820. e "ladrões",
p. 521.
Livro
de Mórmon – Tinha Gadiatom "bandos" e "ladrões".
Heimskringla
– lares da população foram destruídos pela espada e fogo, p. 670
Livro
de Mórmon – Muitos lares foram destruídos pela guerra.
Heimskringla
– capitães chefes enviados como espias contra o inimigo, p. 488
Livro
de Mórmon – Alma constantemente menciona isto em suas guerras.
Heimskringla
– o povo em suas batalhas usam muita Madeira, p. 440
Livro
de Mórmon – Madeira foi tão super utilizada que se tornou escassa,
especialmente em Helamã
Heimskringla
– discussões religiosas sobre batismo, p. 390
Livro
de Mórmon – a mesma coisa encontrada em muitas passagens
Heimskringla
– Há jornadas até as fronteiras da terra, p. 542
Livro
de Mórmon – fala sobre as fronteiras dos desertos.
Heimskringla
– Os exércitos do rei tinha bandeiras que levavam com eles na Guerra, p. 652,
502
Livro
de Mórmon – Os exércitos do General Morôni também tinham seus estandartes que
usavam.
Heimskringla
– Tinham fomes, p. 45
Livro
de Mórmon teve períodos de fome, especialmente em Helamã
Heimskringla
– Constante fala sobre navegações, pp. 443, 67, 11, etc.
Livro
de Mórmon – Hagoth navegou para longe e nunca mais se ouviu falar dele.
Heimskringla
– Todo o exército foi morto exceto um homem, p. 466
Livro
de Mórmon – fala sobre a grande carnificina com apenas um homem sobrevivendo.
Heimskringla
– O filho de Brusi era "de boa aparência", "alto" e
"forte", p.361
Livro
de Mórmon – Néfi era de "grande estatura" I Néfi 4:31
Heimskringla
– Reis recebiam tributo de povos subjugados, p.13
Livro
de Mórmon – Mosiah 7, 19, 22; Rei Noé fez a mesma coisa.
Heimskringla
– Reis conclamaram assembléias, p. 460
Livro
de Mórmon – Rei Benjamin e sua assembléia – mesma coisa
Heimskringla
– pessoas se embebedavam e caíam no sono, p. 355
Livro
de Mórmon – há um episódio dos lamanitas fazendo a mesma coisa.
Heimskringla
– grandes tempestades e chuvas de granizo, p. 181
Livro
de Mórmon – 3 Néfi. Destruição durante a Crucificação de Jesus.
Heimskringla
– Exércitos usavam lanças e espadas em
batalha, p.121
Livro
de Mórmon – também tinha exércitos usando as mesmas armas
Heimskringla
– Após uma batalha, King Knut viu que ele não havia perdido um só homem, p.442
Livro
de Mórmon – 2000 valentes guerreiros lutaram sem uma só perda.
Heimskringla
– Grandes exércitos são mencionados
Livro
de Mórmon – mesma coisa – grandes exércitos em Éter, Mórmon, etc.
Heimskringla
– Rei Olaf tinha visões sagradas, p. 496
Livro
de Mórmon - Visões de Leí e Néfi
Heimskringla
– Pessoas são ensinadas sobre Cristo e batizadas, p. 504
Livro
de Mórmon – A igreja de Alma no deserto e 3 Néfi
Heimskringla
– Exércitos dos reis estacionados nas colinas, p. 511
Livro
de Mórmon – Éter 15:11, exércitos agregados nas colinas
Heimskringla
– fala de pregadores lisonjeiros, p.10
Livro
de Mórmon – Korihor, Amalikiah, Sherem, etc., são pregadores lisonjeiros.
Heimskringla
– O Rei tinha um conselho dos doze, p. 11
Livro
de Mórmon – Cristo organiza um conselho dos doze em 3 Néfi
Entre
outras coisas existem cotações exatas ou quase cotações entre os dois livros!
Heimskringla
– “eles subiram”, p. 615
Livro
de Mórmon – “Eles subiram” Alma 3:23
Heimskringla
– “eles deram batalha”p.649
Livro
de Mórmon – “deram-lhe batalha” Éter 13:29
Heimskringla
– “grande braço estendido” p.6
Livro
de Mórmon – “estende seu braço” Mosías 1:4
Heimskringla
– “descansaria em suas mãos suas cabeças” p.7
Livro
de Mórmon – “descansariam em suas mãos” Alma 6:1
Heimskringla
– “defendeu sua terra”, p. 7
Livro
de Mórmon – “defendeu nosso país” Alma 56:6
Heimskringla
– “tomaram possessão de suas terras” p.63
Livro
de Mórmon – “tomaram possessão das terras” Alma 43:22, 3 Néfi 4:1
Heimskringla
– “era o costume”, p. 91
Livro
de Mórmon – “era o costume” 3 Néfi 3:19
Heimskringla
– "os filhos de", p. 129
Livro
de Mórmon – "os filhos de" Morôni 7:48 (Nota: em Inglês, "the sons of X", ao invés do genitivo
"X's sons")
Heimskringla
– “Agora e aconteceu que", p.310
Livro
de Mórmon – "E aconteceu que" – milhares de vezes
Heimskringla
– "uma grande multidão se ajuntou" p. 503
Livro
de Mórmon – "uma grande multidão ajuntou-se" 3Néfi 11:1
Heimskringla
– "arremessaram javalins", p.535
Livro
de Mórmon – "lançaram um javalim (dardo antigo)" Alma 63:36
Alguém
pode achar inumeráveis paralelos entre Heimskringla e o Livro de Mórmon,
mas o que isto provaria? Que Smith usou o Livro como fonte? Tudo o que você
deve fazer para ver quão burlesca é esta idéia é ler os dois livros! Os únicos
outros dois livros que são tão diferentes é "View of Hebrews" e o
Livro de Mórmon! Ache apenas qualquer livro e afirme que ele fosse a
fonte do Livro de Mórmon ignorando a primeira regra do criticismo textual, a
qual é, descobrir literatura do mesmo período e lugar do que o dito
texto (Livro de Mórmon) afirma de onde se origina. Isto é porque Zeitlin
cometeu erros crassos com os Pergaminhos do Mar Morto, mesmo afirmando que
fossem uns pergaminhos, ou apenas tolices que
ninguém pudesse ler. Ele afirmou que eram fraudes medievais e
completamente inúteis. Tivesse ele seguido as regras de criticismo textual ele
não teria incorrido em tais dificuldades. O mesmo se aplica aos críticos do
Livro de Mórmon. O Livro de Mórmon alega ter vindo de Jerusalém, no velho
mundo, durante os anos 600 AC. Este é o lugar e tempo para começar a procurar
por literatura para ver se há alguma semelhança com o Livro de Mórmon. Com
sorte a teríamos, há bastante, e a literatura mostra que o Livro de Mórmon é um
antigo gênero de literatura do período 600 AC. (Compare com as "Cartas
Elephantinas" ou com a Narrativa de Zózimo, por exemplo).
Os paralelos encontrados pelos Tanners entre o livro de Judite e o Livro
de Mórmon são claramente burlescos como estes que encontrei entre
*Heimskringla* e o Livro de Mórmon. Estou disposto a apostar que posso achar
tanto ou mais paralelos entre o "Despertar de Finnegan" de James
Joyce e o Livro de Mórmon, mas e daí!?
Os Tanners notam que existem fraseologias exatas entre os dois:
O nome Labão aparece no Livro de Mórmon e em Judite. E daí? Precisava
Smith ter ido até Judite para descobrir isso. Labão também está na Bíblia, e é este
Labão de quem Judite está falando, não o Labão do Livro de Mórmon. Os dois
simplesmente não são os mesmos. Porque Smith teria de ir até os Apócrifos para
isto quando a Bíblia teria de ter sido sua primeira fonte lógica. Os Tanners
estão apenas desesperados com este ponto.
Os Tanners solenemente afirmam:
"Em ambos casos o povo teme a destruição" E daí? Na Heimskringla e no
Livro de Mórmon existem batalhas onde toda a terra estava esparramada com
cadáveres! O Livro de Mórmon chama a terra de terra de desolação. É este paralelo
alguma coisa inferior do que os do Tanners?
Tanners anotam:
"Nos
registros" I Néfi 13:40
"Nos
registros" 2 Macabeus 2:1
Mas
isso é alguma coisa mais significante do que os paralelos que encontrei no
Heimskringla?
"Eles
subiram", Heimskringla, p. 630
"Eles
subiram" Alma 3:23
Então qual é questão aqui? Qualquer um pode encontrar paralelos se
estiver determinado a tanto, mas são eles significantes? Quase nunca. Eles nos
dizem melhor sobre as engenhosas determinações dos autores em encontrar estes
paralelos. Tanners mostram mais dos
mesmos:
"Diligentes
em" 2 Néfi 29:4
"Diligentes
em" 2 Esdras 13:54
"Deixaram
ouro e prata" I Néfi 3:16
"Deixou
seu ouro e prata" Judite 8:7
Mas eu achei paralelos mais fortes do que os Tanners…Heimskringla menciona
um sonho com água, uma árvore e névoas de escuridão, p. 706. O sonho de Leí tem
muito dos mesmos elementos. Isto está em nenhum lugar na Bíblia ou
Judite, está? Quantos sonhos como esses, com as suas explicações são
encontrados em "View of the Hebrews"? Temos nós de concluir que
Smith tomou isto a partir do Heimskringla ??? Seguindo esta lógica tola dos
Tanners nós deveríamos.
Heimskringla menciona cidades fortificadas, p. 582
Livro de Mórmon também possui estas, Alma 55:26
Heimskringla menciona fortes de Guerra, p. 583
Livro de Mórmon tem os mesmos, Helamã 1:27
Ou quanto aos muitos interessantes paralelos entre Vidas de Plutarco
onde nós lemos: " Primeiramente eles apenas atiravam uns aos outros
torrões de terra, mas presentemente chegaram a trocar socos..." ( Vidas
de Plutarco, tradução, John Dryden, Modern Library, p.823). Nós lemos a mesma
coisa em Alma 1:22, "…havia muitos dentre eles que começaram a ficar
orgulhosos, e começaram a contender calorosamente com seus adversários, mesmo a
ponto de golpes; sim, eles feririam uns aos outros com seus punhos."
Este paralelo é cada pedaço tão bom quanto qualquer daqueles levantados
pelos Tanners, mas devemos concluir que Smith diligentemente teve de ler
Plutarco até a página 823 para achar isto e colocar no Livro de Mórmon? Pode
ser demonstrado que Smith possuía e usou estas fontes? Percebem os críticos as
dificuldades em que isto os colocam. Agora eles têm de nos mostrar que Smith
foi tão hábil quanto a incluir todo este fabuloso detalhe em um livro que
NINGUÉM dos contemporâneos de Smith pensaram ser ele capaz de fazer! Em outras
palavras, daí a ultra-inteligência de Smith? Pode ser demonstrado que ele tinha
tal destreza intelectual? E que fontes dizem isso? Nenhum dos conhecidos
de Smith. Mas então os críticos precisam ignorar as evidências que matas
suas teses, de outra forma eles têm de findar aceitando o ponto de vista de
Joseph Smith, e que aparentemente não é de nenhuma forma tolerado. Tanto e de tal forma para objetivamente
tentarem descobrir a verdade.
E quanto a frases exatas? Pode isto
demonstrar que as minhas frases exatas que encontrei são de alguma forma mais
fracas do que as dos Tanners? São os paralelos dos Tanners qualquer coisa
melhor do que os meus?
"Fazendo
fronteira com o mar" – Vidas de Plutarco, p.464
"Fazendo
fronteira com o litoral" – Alma 31:3
Idéias
semelhantes?
Vidas
de Plutarco, p. 494 nós encontramos um filho que possuía o mesmo nome de seu
pai.
Livro de Mórmon – Alma é nomeado segundo seu
pai Alma; Néfi (posterior) é nomeado segundo Néfi
Vidas
de Plutarco, p. 959 – lemos que Cato lutou pela liberdade de seu país.
Livro de Mórmon – General Morôni também luta
pela liberdade deles – Alma 46.
E quanto ao paralelo na Hermética
onde lemos que Hermes, conhecendo os mistérios de Deus, escondeu aquele
conhecimento em tábuas escritas, deixando a maior parte não contada, até que
futuras gerações as procurassem. Hermes não transmitiu o conhecimento completo
da doutrina, mas ensinou por níveis (linha após linha como nós Mórmons
notaríamos). Hermética, tradução, Walter Scott, Shambala, 1993, pp.
459-461. Este é um surpreendente paralelo com Alma 12:9-12 onde Alma conhece os
mistérios, mas percebe que nem tudo deles pode ser divulgado. De fato, a maior
parte dos mistérios assim como o próprio Livro de Mórmon é escrito em placas e
escondido (os 2/3, por exemplo) para que futuras gerações as possuam. Mas
significa isto que temos de pressupor que Smith obviamente analisou a Hermética
e puxou este item de lá e o integrou no Livro de Mórmon? Quando? Como? De que
biblioteca em uma vila de apenas 15 cabanas de toras de Madeira?
Heimskringla possui de longe mais paralelos com o Livro de Mórmon do que
os Tanners ajuntaram através dos apócrifos. Significa isto que Smith tomou mais
emprestado do Heimskringla do que dos apócrifos? Vamos supor para segurança do
argumento, que Smith tomou o nome Labão e Néfi a partir dos apócrifos.
Mas e quanto aos outros 200 nomes que não estão nos apócrifos ou na
Bíblia, mas são autênticos nomes antigos? O que faríamos com estes?
Críticos os ignoram, é claro, desde que eles não se ajustam em suas teorias,
mas isto não os tornam nada menos antigos ou autênticos.
Por exemplo, onde em "View of the Hebrews" ou em Salomão Spaulding
estão os nomes:
Pahoran
Paanchi
Pacumeni
Giddonah
Aminidab
Ammonihah
Cezoram
Giddianhi
Hem
Alma
Himni
Korihor
Morianton
Seezoram
Zenoch
Helaman
Lachoneus
Ainda assim cada um destes nomes
é atestado em literaturas relacionadas com antigos ambientes de antigas
civilizações (Hugh Nibley, Lei in the Desert, pp. 27-34).
Meu ponto aqui, caso você o
tenha perdido, é que paralelos são significantes SE...e somente SE eles venham
de duas literaturas a partir do mesmo período e origem. Então
poderemos verificar se os gêneros são similares ou não. Isto explica por que as
"Cartas de Lachish, os documentos de "Bar Kochba", os textos de
"Rãs Shamra", os "Pergaminhos do Mar Morto" e as
"Cartas de Mari" são tão importantes para ver se há paralelos com o
Livro de Mórmon. Se existem, então temos de reconhecer que o Livro de Mórmon se
encaixa em um contexto antigo, o que ele certamente o faz. Isto os
críticos têm se recusado a fazer. Ao invés eles vagueiam ao longo de "View
of the Hebrews" ou ao longo da desacreditada teoria do manuscrito
Spaulding. Incidentalmente, uma das mais favoritas fontes anti-Mórmons, Fawn
Brodie, em "Nenhum Homem Conhece Minha História" foi a pessoa que DESTRUIU
e ENTERROU a teoria de Solomon Spaulding.
Jim
Spencer em seus estúpidos momentos de seu livro (i.e., o livro inteiro)
"Tem você testificado a um Mórmon Ultimamente?" nos mostra que ele
precisa ainda seriamente se atualizar também, uma vez que ele usa e acredita
que Spaulding foi à fonte para o Livro de Mórmon, assim como faltosamente
aceita as opiniões de Cowdery e
Scales, que os Browns em seu livro "They
Lie in Wait To Deceive – Eles mentem a Espera de Poder Enganar"
praticamente atiraram no lixo, tais como a idéia ridícula que este Wayne
Cowdery é um descendente de Oliver Cowdery, uma das três testemunhas do Livro
de Mórmon. Quem não sabe hoje que Oliver não teve nenhum descendente vivo? Mas
os críticos miopemente vão adiante afirmando informações desatualizadas,
mal-obtidas e enganosas como se nós Mórmons jamais nos importunaríamos em
checar e investigar seus argumentos. Oh bem...por que ignorar a pesquisa de
Brodie aqui? Porque ela não se encaixa em sua teoria?